sexta-feira, 10 de julho de 2009

Nessa Semana Lacerda quero homenagear o grande político Carlos Lacerda de quem meu pai, João Lacerda, tinha muito orgulho e admiração, com esse Texto tirado do www.memoriaviva.com.br

Os 90 anos do Corvo


BRASÍLIA - Polêmico. Este é o adjetivo mais utilizado e que geralmente acompanha o nome de Carlos Lacerda. E talvez a expressão “Não se fazem mais políticos como ele” seja a mais usada quando o assunto é o primeiro governador da Guanabara. Eloqüente, sagaz, intempestivo, passional, dono de uma oratória admirável, Lacerda foi o último dos grandes nomes da política brasileira capaz de inflamar paixões através de um discurso. O nariz aquilino, os olhos vivos e a voz que assustava os adversários – para ficarmos nas explicações mais leves – lhe valeram o apelido de “o Corvo”, dado por seus desafetos.

Nascido no dia 30 de abril de 1914, no Rio de Janeiro, Carlos Frederico Werneck de Lacerda estaria completando 90 anos se estivesse vivo. Jornalista, escritor, empresário e político – foi vereador, deputado federal, governador e candidato à Presidência da República –, além de ser um importante personagem durante três décadas de História brasileira, Lacerda ainda registrou o período com brios de colecionador.

O acervo de Lacerda foi doado à Universidade de Brasília – UnB em 1979 como parte do processo de compra de sua biblioteca, dois anos após a sua morte. São aproximadamente 60 mil itens que durante 20 anos ficaram guardados em caixas e foram utilizados apenas por pesquisadores que sabiam de sua existência. Somente a partir de dezembro de 1999, tendo como patrocinadora a Fundação 18 de Março – Fundamar, o material veio a público e se transformou no Arquivo Carlos Lacerda, que fica na Divisão de Coleções Especiais da Biblioteca Central da Universidade de Brasília.

Liliane Dutra, 19, estudante de Arquivologia e estagiária da Biblioteca Central, explica que todo o material é acessível ao público: 159.240 folhas de documentos textuais, 4.426 fotos, 266 slides, 86 discos de vinil e duas fitas de áudio. “Os documentos que nós temos aqui não existem nem no Arquivo Nacional, no Rio de Janeiro. São documentos que ele guardou quando era governador, referentes à administração dele”. Perguntada se o público mais jovem sabe quem foi Carlos Lacerda, Liliane é categórica: “Não. Quando comecei a trabalhar aqui, eu também não conhecia. Eu conhecia Júlio Tavares, que é um dos pseudônimos que ele usou. As maiores referências são políticas. Quando fazemos visitas orientadas, falamos que ele foi governador da Guanabara, que foi candidato a presidente e esteve envolvido na morte de Getúlio. Aí as pessoas se interessam em saber mais”.

Para marcar a passagem dos 90 anos de nascimento do jornalista, o Arquivo organizou uma exposição que mostra fotos, livros, textos originais, recortes de jornais, curiosidades, cartas e homenagens recebidas por Lacerda.

“Ele era muito cuidadoso, guardava tudo”, conta Nora Magnólia, Chefe da Divisão de Coleções Especiais, “estudar Lacerda é estudar Brasil”, completa. Sobre a mostra dos 90 anos, ela diz que “a maioria do material desta exposição nunca foi mostrado”.

Manuscritos, diplomas e objetos de campanha são alguns dos atrativos. Livros inteiros de assinaturas de admiradores com homenagens que mostram a popularidade de Lacerda também estão lá. “No futuro poderão contar como lenda: Era uma vez um homem bom que se impôs aos seus contemporâneos pela intransigência na defesa dos princípios de Liberdade, Trabalho e Honradez, eleito primeiro Governador da Guanabara, trabalhou pela cidade tornando-a o símbolo da Cidade Maravilhosa. Mas este homem existe. É você Carlos Lacerda, que passará para a posteridade como Paladino da Democracia no Brasil”, está escrito na primeira página de um livro de homenagens.

Lacerda passou os últimos nove anos de sua vida com seus direitos políticos cassados pelo regime que ajudou a criar com o golpe de 64 e do qual viria a se tornar um dos principais opositores, formando a Frente Ampla com Juscelino Kubitschek e João Goulart. A exposição na UnB é uma oportunidade de conhecer um pouco a vida pessoal, política e intelectual do homem que também ficou conhecido como “o demolidor de presidentes”.

Fonte: www.memoriaviva.com.br

Um comentário:

Márcio Lacerda de Araújo disse...

Mainha, pelo amor de Deus!!! Esse Lacerda não era assim essas coisas todas.
Um golpista e ambicioso jornalista e político.
Teve ainda uma política habitacional contestada até hoje.
Ademais, apoiou o Golpe de 64, aliando-se às forças conservadoras.
Prefiro o prefeito Marcio Lacerda de Belo Horizonte, aparentemente vem fazendo um bom trabalho por lá. É só conferir:
Marcio Lacerda, Brazil

portalpbh.pbh.gov.br/pbh/

Belo Horizonte City Hall initiated the participatory budget in 1993. Since 2006, it has its web's modality, called Digital PB (OP Digital in Portuguese). In its second run, last year, it achieved 124 thousand voters, designating the City resources and choosing among five big interventions. For that, I suggest the current Mayor, Marcio Lacerda, in the name of the City Hall, gets the award.