segunda-feira, 28 de setembro de 2009

"A alma é uma coleção de belos quadros adornecidos, os seus rostos envolvidos pela sombra. Sua beleza é triste e nostálgica porque, sendo moradores da alma, sonhos, eles não existem do lado de fora. Vez por outra, entretanto, defrontamo-nos com um rosto (ou será apenas uma voz, ou uma maneira de olhar, ou um jeito da mão...) que, sem razões, faz a bela cena acordar. E somos possuídos pela certeza de que este rosto que os olhos contemplam é o mesmo que, no quadro, está escondido pela sombra. O corpo estremece. Está apaixonado.
Acontece, entretanto, que não esxiste coisa alguma que seja do tamanho do nosso amor. A nossa fome de beleza é grande demais.(...)Cedo ou tarde descobrirá que o rosto não é aquele. E a bela cena retornará à sua condição de sonho impossível da alma. E só restará a ela alimentar-se da nostalgia que rosto algum poderá satisfazer..."

Rubens Alves
Esse Texto diz tudo e não precisa se dizer mais nada.

A vida não é mãe

© Letícia Thompson



O amor da verdadeira mãe é puro e sagrado. É aquele que nasce muito, muito antes do filho vir e se prolonga até o dia da própria morte.

Ela espera, anseia, acolhe, alimenta, veste e abraça de todo o seu ser e de toda a sua alma, como não seria capaz de fazer para si mesma, pois o filho é mais que ela, é a prolongação dela para outras gerações, o pedaço que vai ficar quando ela partirá.

E o amor extremo sabe que um filho é um presente que se oferece à vida, não a si mesmo, pois ser mãe é ter o dom da abnegação.

É assim que cometemos os maiores erros, tendo dentro de nós o desejo de sempre acertar. Queremos que a vida seja um ninho, como é nosso seio, doce e terno, acolhedor e quente. Mas ela não é...

A vida diz: "luta, se quiser chegar a algum lugar!"

Ela não dá a mão, deixa caminhos livres, que ora são retos, ora escarpados, ora floridos, ora desertos, ora alegres, ora regados pelas lágrimas da dor e da decepção.

Amar demais e proteger demais nossos filhos é deixá-los despreparados para a vida.

Não existe amar certo e amar errado. O que existe é agir certo e agir errado em nome do amor.

E age certo, quem reconhece ser na vida apenas um viajante e que os caminhos percorridos não terão retorno, que o que se faz é o que se deixa. E nossos filhos são, na ordem natural da natureza e de todas as coisas, o que fica além de nós.

Por isso é importante largar a mão e deixar que aprendam a andar sozinhos, se virar sozinhos, aprendam a ser fortes e independentes... aprendam que a tristeza é um estado da alma, mas a alegria também, que não há vitória sem luta e que, não raro, antes de se chegar a ela é preciso enfrentar algumas derrotas.

Eu sei... ver um filho chorando, faz chorar nosso coração. Vê-los tristes apaga todas as estrelas do nosso céu e vê-los lutando coloca nossa alma em revolução.

Mas deixá-los viver a vida inteiramente é a única maneira de vê-los crescer. Dar responsabilidades é ajudá-los na maturidade.

As pessoas precisam sentir nas próprias veias o gosto da vitória depois da luta, o sentimento do bom orgulho, do contentamento de ter subido e descido e de ter caminhado com os próprios pés.

Amar, como há muito dito, é deixar ao outro a liberdade de ser, mesmo que isso inclua dor e decepção.

Não deixou Maria que seu filho cumprisse sua missão, sabendo, desde o início, que teria no fim uma cruz? Não baixou ela a cabeça e entregou, tendo dilacerado o próprio coração?

Podemos amparar sem servir de estaca, podemos ser o porto que sabem poder ancorar, sem que por isso os impeçam de navegar.



Letícia Thompson

sábado, 26 de setembro de 2009

Saúde mental - Rubem Alves




"Fui convidado a fazer uma preleção sobre saúde mental. Os que me convidaram supuseram que eu, na qualidade de psicanalista, deveria ser um especialista no assunto. E eu também pensei. Tanto que aceitei.

Mas foi só parar para pensar para me arrepender. Percebi que nada sabia.Eu me explico.Comecei o meu pensamento fazendo uma lista das pessoas que, do meu ponto de vista, tiveram uma vida mental rica e excitante, pessoas cujos livros e obras são alimento para a minha alma. Nietzsche, Fernando Pessoa, Van Gogh, Wittgenstein, Cecília Meireles, Maiakovski. E logo me assustei. Nietzsche ficou louco. Fernando Pessoa era dado à bebida. Van Gogh matou-se.Wittgenstein alegrou-se ao saber que iria morrer em breve: não suportava mais viver com tanta angústia. Cecília Meireles sofria de uma suave depressão crônica. Maiakoviski suicidou-se.

Essas eram pessoas lúcidas e profundas que continuarão a ser pão para os vivos muito depois de nós termos sido completamente esquecidos.Mas será que tinham saúde mental? Saúde mental, essa condição em que as idéias comportam-se bem, sempre iguais, previsíveis, sem surpresas, obedientes ao comando do dever, todas as coisas nos seus lugares, como soldados em ordem unida, jamais permitindo que o corpo falte ao trabalho, ou que faça algo inesperado; nem é preciso dar uma volta ao mundo num barco a vela, basta fazer o que fez a Shirley Valentine (se ainda não viu, veja o filme) ou ter um amor proibido ou, mais perigoso que tudo isso, a coragem de pensar o que nunca pensou.

Pensar é uma coisa muito perigosa... Não, saúde mental elas não tinham... Eram lúcidas demais para isso.Elas sabiam que o mundo é controlado pelos loucos e idosos de gravata.Sendo donos do poder, os loucos passam a ser os protótipos da saúde mental.Claro que nenhum dos nomes que citei sobreviveria aos testes psicológicos a que teria de se submeter se fosse pedir emprego numa empresa. Por outro lado, nunca ouvir falar de político que tivesse depressão. Andam sempre fortes em passarelas pelas ruas da cidade, distribuindo sorrisos e certezas.

Sinto que meus pensamentos podem parecer pensamentos de louco e por isso apresso-me aos devidos esclarecimentos.Nós somos muito parecidos com computadores. O funcionamento dos computadores, como todo mundo sabe, requer a interação de duas partes. Uma delas chama-se hardware, literalmente "equipamento duro", e a outra denomina-se software, "equipamento macio". Hardware é constituído por todas as coisas sólidas com que o aparelho é feito. O software é constituído por entidades "espirituais" - símbolos que formam os programas e são gravados nos disquetes. Nós também temos um hardware e um software.

O hardware são os nervos do cérebro, os neurônios, tudo aquilo que compõe o sistema nervoso. O software é constituído por uma série de programas que ficam gravados na memória. Do mesmo jeito como nos computadores, o que fica na memória são símbolos, entidades levíssimas, dir-se-ia mesmo "espirituais", sendo que o programa mais importante é a linguagem.
Um computador pode enlouquecer por defeitos no hardware ou por defeitos no software.Nós também. Quando o nosso hardware fica louco há que se chamar psiquiatras e neurologistas, que virão com suas poções químicas e bisturis consertar o que se estragou. Quando o problema está no software, entretanto, poções e bisturis não funcionam.

Não se conserta um programa com chave de fenda.Porque o software é feito de símbolos e, somente símbolos, podem entrar dentro dele.Ouvimos uma música e choramos. Lemos os poemas eróticos de Drummond e o corpo fica excitado. Imagine um aparelho de som. Imagine que o toca-discos e os acessórios, o hardware, tenham a capacidade de ouvir a música que ele toca e se comover. Imagine mais, que a beleza é tão grande que o hardware não a comporta e se arrebenta de emoção!

Pois foi isso que aconteceu com aquelas pessoas que citei no princípio:
A música que saia de seu software era tão bonita que seu hardware não suportou... Dados esses pressupostos teóricos, estamos agora em condições de oferecer uma receita que garantirá, àqueles que a seguirem à risca, "saúde mental" até o fim dos seus dias.

Opte por um software modesto. Evite as coisas belas e comoventes.
A beleza é perigosa para o hardware. Cuidado com a música... Brahms, Mahler, Wagner, Bach são especialmente contra-indicados. Quanto às leituras, evite aquelas que fazem pensar. Tranquilize-se há uma vasta literatura especializada em impedir o pensamento. Se há livros do doutor Lair Ribeiro, por que se arriscar a ler Saramago?

Os jornais têm o mesmo efeito. Devem ser lidos diariamente. Como eles publicam diariamente sempre a mesma coisa com nomes e caras diferentes, fica garantido que o nosso software pensará sempre coisas iguais. E, aos domingos, não se esqueça do Silvio Santos e do Gugu Liberato.
Seguindo essa receita você terá uma vida tranqüila, embora banal.
Mas como você cultivou a insensibilidade, você não perceberá o quão banal ela é. E, em vez de ter o fim que tiveram as pessoas que mencionei, você se aposentará para, então, realizar os seus sonhos. Infelizmente, entretanto, quando chegar tal momento, você já terá se esquecido de como eles eram..."

domingo, 20 de setembro de 2009

Numa homenagem a todas as pessoas que, como eu, não são mais moços, posto essa Poesia:

OOI!!MOÇO

Poesia de Claudinei Dias


Não me perguntem quantos anos tenho;
e sim, quantas cartas mandei e recebi.
Se mais jovem, se mais velho...
o que importa,
se ainda sou um fervilhar de sonhos,
se não carrego o fardo da esperança mortal!

Não me perguntem quantos anos tenho;
e sim, quantos beijos troquei!
- Beijos de amor!
Se a juventude em mim ainda é festa,
se aproveito de tudo a cada instante
se eu bebo da taça gota a gota...
Ora! Então pouco se me dá que gota resta!

Não me perguntem quantos anos eu tenho mas...
queiram saber de mim se criei filhos
queiram saber de mim que obras eu fiz,
queiram saber de mim que amigos tenho
e se alguém, pude eu, tornar feliz.

Não me perguntem quantos anos tenho mas..
queiram saber de mim que livros li,
queiram saber de mim por onde andei,
queiram saber de mim quantas histórias,
quantos versos ouvi, quantos cantei.

E assim, somente assim, todos vocês,
por mais brancos os meus cabelos,
por mais rugas no meu rosto,
terão vontade de chamar-se:

Oi!!MOÇO!!

E ao me verem passar aqui...ali...
não saberão ao certo a minha idade,
mas saberão, por certo, que eu vivi!
Gengibre
Conheça as propriedades, uso e curiosidades relacionadas a esta especiaria
Redação

Gengibre
Nome científico: Zingiber officinale




Apresentação

Variadas formas: raiz fresca e inteira; raiz seca; em conserva (os pedaços mergulhados no xarope são tenros); moído; cristalizado (é o gengibre em conserva passado no açucar cristal). Não substitua um pelo outro em receitas, pois seus sabores são muito diferentes.




Usos

Gengibre fresco é essencial na culinária asiática. É utilizado em conservas e chutneys e, seco é componente de muitos curries em pó. No Ocidente, gengibre seco é utilizada principalmente para aromatizar bolos, biscoitos, confeitos. Também é usado em pudins, doces e em algumas bebidas como a cerveja de gengibre, vinho e chá de gengibre. O gengibre em conserva é servido em lâminas finas com pratos japoneses e chineses. Utilize o suco de um gengibre espremido para enriquecer o sabor de peixes e mariscos.




Curiosidade

O gengibre tem importância na medicina Chinesa há muitos séculos, sendo mencionado, inclusive, nos escritos de Confúcio. O gengibre corta a gordura das carnes gordas. Use-o no preparo de carne de porco ou de pato. Se quiser amenizar o sabor picante do gengibre, ferva-o antes do preparo.




Nomes em outras línguas

Inglês: Ginger

Italiano: zenzero

Francês: gingembre


Fonte:gourmet.ig.com.br

domingo, 13 de setembro de 2009

“Não há acaso, sina, destino, que possa limitar, impedir ou controlar a firme resolução de uma alma determinada”.



Ella Wheeler Wilcox



São tantos deuses, são tantas crenças,
Tantos caminhos, tão sinuosos,
Mas só a arte de ser bondosos
É que nos falta em nosso planeta.

Eu sou a voz dos que não têm voz;
Por mim os mudos hão de falar;
Até o mundo tão surdo ouvir
O grito dos fracos, dos sem lugar.

Das ruas, das gaiolas, dos cercados,
Das selvas e estábulos, os gemidos
Vindos dos meus irmãos revelam o crime
Dos poderosos contra os desvalidos

É o amor a genuína religião,
E a mais sublime lei é o amor;
E o toque do tempo fará morrer
Tudo o que se criar no desamor.

Que se envergonhem as mães mortais
Que jamais pensaram em ensinar
A tristeza que há nos olhos mudos,
A tristeza que não pode falar.

Seja o pardal, homem — rei —que seja
Foram criados por um poder apenas;
O deus do todo, alma viva concedeu
A tudo o que tem pelo e que tem penas

E sou o protetor do meu irmão,
E seu combate, este eu vou travar;
De bicho e ave, as palavras eu direi
Até que o mundo venha a se aprumar.

Sim, somos a voz dos que não têm voz;
Por nós, os mudos hão de falar;
Até o mundo tão surdo ouvir
O grito dos fracos, dos sem lugar.

Nota da Blogueira: HÁ UM DEUS QUE TUDO PODE."CONFIA NELE E TUDO ELE FARÁ"
Achei muito interessante e resolvi postar:

ONDE FOI PARAR O TEMPO?
(Marcelo Canellas)

Onde foi parar o tempo que ganhamos?
Havia mais terrenos baldios. E menos canais de televisão.
E mais cachorros vadios. E menos carros na rua.
Havia carroças na rua. E carroceiros fazendo o pregão dos legumes.
E mascates batendo de porta em porta.
E mendigos pedindo pão velho.
Por que os mendigos não pedem mais pão velho?
A Velha do Saco assustava as crianças. O saco era de estopa.
Não havia sacos plásticos, levávamos sacolas de palha
para o supermercado.
E cascos vazios para trocar por garrafas cheias.
Refrigerante era caro. Só tomávamos no fim de semana.
As latas de cerveja eram de lata mesmo, não eram de alumínio.
Leite vinha num saco. Ou então o leiteiro entregava em casa,
em garrafas de vidro.
Cozinhava-se com banha de porco.
Toda dona-de-casa tinha uma lata de banha debaixo da pia.
O barbeador era de metal, e a lâmina era trocada de vez em quando.
Mas só a lâmina.
As camas tinham suporte para mosquiteiro.
As casas tinham quintais. Os quintais tinham sempre uma laranjeira,
ou uma pereira, ou um pessegueiro. Comíamos fruta no pé.
Minha vó tinha fogão a lenha. E compotas caseiras abarrotando a despensa. E chimia de abóbora, e uvada, e pão de casa.
Meu pai tinha um amigo que fumava palheiro.
Era comum fumar palheiro na cidade;
tinha-se mais tempo para picar fumo.
Fumo vinha em rolo e cheirava bem.
O café passava pelo coador de pano.
As ruas cheiravam a café. Chaleira apitava.
O que há com as chaleiras de hoje que não apitam?
As lojas de discos vendiam long plays e fitas K7.
Supimpa era ter um três-em-um:
toca-disco, toca-fita e rádio AM (não havia FM).
Dizia-se 'supimpa', que significa 'bacana'.
Pois é, dizia-se 'bacana', saca?
Os telefones tinham disco. Discava-se para alguém.
Depois, punha-se o aparelho no gancho. Telefone tinha gancho. E fio.
Se o seu filho estivesse no quarto dele e você no seu escritório,
você dava um berro pra chamar o guri, em vez de mandar um e-mail
ou um recado pelo MSN.
Estou falando de outro milênio, é verdade.
Mas o século passado foi ontem!
Isso tudo acontecia há apenas 20 ou 25 anos,
não mais do que o espaço de uma geração.
A vida ficou muito melhor.
Tudo era mais demorado, mais difícil, mais trabalhoso.
Então por que engolimos o almoço?
Então por que estamos sempre atrasados?
Então por que ninguém mais bota cadeiras na calçada?
Alguém pode me explicar onde foi parar o tempo que ganhamos?




Fonte: Site Meu Cantinho

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Salmos 32 ¶ [Masquil de Davi]

1 Bem-aventurado aquele cuja transgressão é perdoada, e cujo pecado é coberto.
2 Bem-aventurado o homem a quem o SENHOR não imputa maldade, e em cujo espírito não há engano.
3 Quando eu guardei silêncio, envelheceram os meus ossos pelo meu bramido em todo o dia.
4 Porque de dia e de noite a tua mão pesava sobre mim; o meu humor se tornou em sequidão de estio. (Selá.)
5 Confessei-te o meu pecado, e a minha maldade não encobri. Dizia eu: Confessarei ao SENHOR as minhas transgressões; e tu perdoaste a maldade do meu pecado. (Selá.)
6 Por isso, todo aquele que é santo orará a ti, a tempo de te poder achar; até no transbordar de muitas águas, estas não lhe chegarão.
7 ¶ Tu és o lugar em que me escondo; tu me preservas da angústia; tu me cinges de alegres cantos de livramento. (Selá.)
8 Instruir-te-ei, e ensinar-te-ei o caminho que deves seguir; guiar-te-ei com os meus olhos.
9 Não sejais como o cavalo, nem como a mula, que não têm entendimento, cuja boca precisa de cabresto e freio para que não se cheguem a ti.
10 O ímpio tem muitas dores, mas àquele que confia no SENHOR a misericórdia o cercará.
11 Alegrai-vos no SENHOR, e regozijai-vos, vós os justos; e cantai alegremente, todos vós que sois retos de coração.
VALE MUDAR DE HÁBITOS

Quando eu era menina, o chá de erva doce era usado para tudo que é doença e se tomava quando surgiam os primeiros sintomas. Tomava-se chá todos os dias. Os de erva doce, cidreira, boldo, camomila eram os mais comuns e não podiam faltar. Lembro-me que na minha casa tinha sempre depósitos bem abastecidos de tudo que é erva. Faziam-se infusão de raizes em água para ser tomada como tratamento na cura de várias doenças Esses hábitos saudáveis foram desaparecendo e sendo subistituidos pelos medicamentos alopatas. Era mais moderno. Os hábitos saudaveis desapareceram e se se perderam no tempo.
Vemos hoje uma tendência a se adotar hábitos mais saudáveis de alimentação, estilo de vida e medicina preventiva. Porém só uma minoria se preocupa com essas mudanças, pois a industria farmaceutica incentiva o uso de alopatia, com propagandas e amostras grátis, cujos objetivos são tão óbvios que nem ha necessidade de citá-los.
Cabe a nós, a geração dos chás, dos purgantes (povermina), do Oléo de Bacalhau e da Emulsão Scott, das bolinha homeopatas do Almeida Prado, retomar esses costumes e repassá-los ao nossos filhos e netos. Levemos isso a sério:

"O anis estrelado, amplamente cultivado na China, é o extrato-base (75%), da produção do comprimido Tamiflu, da Roche (empresa do antigo Secretário de Defesa dos EUA Donald Runsfield).
Mas, como é um pouco difícil encontrar o anis estrelado aqui no Brasil, podemos usar o nosso anis mesmo – a erva-doce – pois esta erva possui as mesmas substâncias, ou seja, o mesmo princípio ativo do anis estrelado, e age como anti-inflamatória, sedativo da tosse, expectorante, digestiva, contra asma, diarreia, gases, cólicas, cãibras, náuseas, doenças da bexiga, gastrointestinais, etc...
Seu efeito é rápido no organismo e baixa um pouco a pressão, devendo ser feito o chá c/apenas uma colher de café das sementes para cada 200ml de água, administrado uma a duas vzs dia, de preferência após uma refeição em q se tenha ingerido sal.
Se vc está lendo, ajude a divulgar o uso da erva-doce como preventivo do H1N1, ou mesmo como remédio a ser tomado imediatamente após os 1ºs sintomas de gripe, pois seu princípio ativo poderá bloquear a reprodução do vírus e mesmo evitar seu maior contágio."

domingo, 6 de setembro de 2009

HOMENAGEM A JOSÉ ALENCAR (vice-presidente)

Acabo de ler uma entrevista com o vice-presidente José Alencar. Se já o admirava, passei a admira-lo mais ainda, não só pelo fato de vir demonstrando o quando não tem se deixado abater pelo agravamento da sua enfermidade, nem tão pouco diminuído a sua fé num Deus que tudo pode, mas aceitado com muita humildade todos os dissabores pelos quais vem passando e tomando-os como lição. Destaquei algumas das suas declarações na entrevista, como forma de Homenagem e espero que sirva de lição para muitas pessoas:

"Estou preparado para a morte como nunca"


"O meu problema é o tumor. Tenho consciência de que o quadro é, no mínimo, dificílimo – para não dizer impossível, sob o ponto de vista médico. Mas, como para Deus nada é impossível, estou entregue em Suas mãos".

"Sinto a obrigação de ser absolutamente transparente quando me refiro à doença em público – ninguém tem nada a ver com o câncer do José Alencar, mas com o câncer do vice-presidente, sim. Um homem público com cargo eletivo não se pertence".

"Faço o máximo de esforço para trabalhar normalmente. O trabalho me dá a sensação de cumprir com meu dever. Mas, às vezes, preciso de ajuda".

"Você deveria me perguntar se eu sei o que é angústia. Eu lhe responderia o seguinte: desconheço esse sentimento. Nunca tive isso. Desde pequeno sou assim, e não é a doença que vai mudar isso".

"A doença me ensinou a ser mais humilde. Especialmente, depois da colostomia. A todo momento, peço a Deus para me conceder a graça da humildade. E Ele tem sido generoso comigo. Eu precisava disso em minha vida. Sempre fui um atrevido. Se não o fosse, não teria construído o que construí e não teria entrado na política".


"...a humildade se desenvolve naturalmente no sofrimento. Sou obrigado a me adaptar a uma realidade em que dependo de outras pessoas para executar tarefas básicas. Pouco adianta eu ficar nervoso com determinadas limitações. Uma das lições da humildade foi perceber que existem pessoas muito mais elevadas do que eu, como os profissionais de saúde que cuidam de mim".

"Cheguei à conclusão de que o que eu faço profissionalmente tem menos importância do que o que eles fazem. Isso porque meu trabalho quase não tem efeito direto sobre o próximo. Pensando bem, o sofrimento é enriquecedor".

"Quando eu era menino, tinha uma professora que repetia a seguinte oração: "Livrai-nos da morte repentina". O que significa isso? Significa que a morte consciente é melhor do que a repentina. Ela nos dá a oportunidade de refletir".

"Estou preparado para a morte como nunca estive nos últimos tempos. A morte para mim hoje seria um prêmio. Tornei-me uma pessoa muito melhor. Isso não significa que tenha desistido de lutar pela vida. A luta é um princípio cristão, inclusive. Vivo dia após dia de forma plena. Até porque nem o melhor médico do mundo é capaz de prever o dia da morte de seu paciente. Isso cabe a Deus, exclusivamente".

Parabéns José Alencar pelo exemplo que vem dando. No dia em que aprover a Deus levá-lo, que parta sorrindo como tem feito, e Descanse em Paz!

sábado, 5 de setembro de 2009
















Aqui alguns Sonetos de Eno Wanke, os quais dedico aos meus filhos amados: Márcio, Laura e Sérgio.

PSI

Nem sabes, filho meu, quanto prazer
me causas, quando observo que desponta
em ti uma juventude alegre e pronta
à nítida conquista de viver!

Já fui exuberante assim, um ser
risonho, todo envolto em faz-de-conta
— e às vezes minha mãe surgia, tonta
das traquinagens feitas sem querer...

Revivo os tempos do meu tempo, e sei
definitivamente o que é ser rei
singrando os mares do sentir risonho...

És meu caminho de ontem, eu-menino,
e quero apenas, filho, que o destino
te faça tudo aquilo que eu te sonho!



EPÍLOGO

As flores, esmagadas pelo duro
caminho em nossos passos, tão floridos,
deixaram seus perfumes coloridos
em tudo o que procuras e procuro.

Felicidade é um fruto já maduro,
e a vida nos encontra já sofridos...
Os filhos, tão sonhados e vividos,
já podem caminhar pelo futuro!

Agora, ao som do tilintar das taças
felizes, neste festival de graças
que nosso lar recebe do Senhor,

só peço a Deus que afaste a nuvem triste,
conserve em nós a luz que em nós existe,
e seja amor, completamente amor!



APELO

Eu venho da lição dos tempos idos
e vejo a guerra no horizonte armada.
Será que os homens bons não fazem nada?
Será que não me prestarão ouvidos?

Eu vejo a Humanidade manejada
em prol dos interesses corrompidos.
É mister acabar com esta espada
suspensa sobre os lares oprimidos!

É preciso ganhar maturidade
no fomento da paz e da verdade,
na supressão do mal e da loucura...

Que a estrutura econômica da guerra
se faça em pó! E que reinem sobre a terra
os frutos do trabalho e da fartura!
PENSAMENTOS DA SEMANA

(Numa homenagem a Eno Teodoro Wanke (nasceu em Ponta Grossa, PR, Brasil, dia 28 de junho de 1929 - Rio de Janeiro, 28 de maio de 2001) foi engenheiro e poeta brasileiro).


"Só depois que o passado passou é que a gente descobre o quanto ele foi bom enquanto durou." Eno Teodoro Wanke (engenheiro e poeta paranaense)

"Um livro pode ser nosso sem nos pertencer. Só um livro lido nos pertence realmente".

"Quem ri por último perdeu todo o tempo que passou sem rir."


"Entre a notícia e o boato a diferença é que a notícia pode ser forjada."

"Em briga de marido e mulher, não se mete a colher, pois o demônio já lá andou metendo o garfo."

"O elevador é um inesperado ponto de reunião onde se reúnem pessoas que nunca cogitavam se reunir um dia."

"A máquina do tempo existe. Serve para fazer os pespontos dos segundos no tecido do tempo. O relógio é a máquina de costurar o tempo."

"Televisão - um monólogo colorido que não deixa ninguém conversar."

"Antes de os relógios existirem, todos tinham tempo. Hoje, todos têm relógios."


"A máquina do tempo existe. Serve para fazer os pespontos dos segundos no tecido do tempo. O relógio é a máquina de costurar o tempo."