domingo, 15 de abril de 2012

A VOCÊ, MULHER, IMAGEM E SEMELHANÇA DE DEUS.
Mulher! Na concepção de Aurélio Buarque de Holanda é “ser humano do sexo feminino”. Segundo Michaelis é “dama, madame”.
Mulher! Segundo o escritor francês Honoré de Balzac , é “a sensibilidade que norteia os sentidos”
Mulher! Segundo outros, é sinônimo de maternidade, ousadia, coragem, trabalho, competência, capacidade, independência, conquistas, equilíbrio, consciência.
Mulher! Na concepção de muitos, também é sinônimo de doçura, sensibilidade, ternura, fragilidade, meiguice, feminilidade, dependência, sensatez, serenidade, paciência...
Mulher! Para outros, porém, é sinônimo de incompetência, burrice, Amélia, dona de casa, esposa, mãe, memória desativada, TPM, um verdadeiro livro de matemática.
Mulher! Palavra que enche o espaço, que encanta e declama, que descortina, que abre, que muda, que transforma, que preenche, que causa furor e torpor...
Mas Mulher, segundo o seu Criador, é “... à sua imagem, à imagem de Deus que a criou”.
Os anais da história revelam o significativo crescimento desse ser. Crescimento marcado por lutas e vitórias, por perdas e ganhos, por crises e soluções. Estigmas foram criados, conflitos foram travados, histórias foram escritas, conceitos foram mudados, valores foram repensados. Revelam a libertação constante do jugo que sobre ela tem estado e ainda permanece. Revelam também afirmações incontestáveis sobre o seu valor, sua dignidade, seu espaço no mundo e nos sonhos humanos. Em todas as raças, culturas, línguas e nações, a mulher exala a sua essência, mesmo em meio ao universo subversivo dos preconceitos. Através de escritos, foram reveladas marcas indeléveis, que proporcionaram liberdade de expressão, de sentimentos e de valor.
Ainda revelam os anais da história, surgimentos de movimentos denominados feministas, que trouxeram e têm trazido conseqüências positivas e negativas, em razão de terem sido objetivadas e espoliadas durante milhares de anos. Revelam gritos sufocados e alegrias reprimidas.
A história universal conhece e reconhece o valor de mulheres que, através das suas lutas, contribuíram com suas culturas e influenciaram suas gerações, bem como mulheres que marcaram suas épocas com comportamentos indignos de serem tomados como padrão. A história também foi construída com mulheres que não temeram revelar seus queixumes, suas angústias, seus medos, seus traumas, seus deslizes, seus problemas conjugais, suas experiências espirituais, suas mais profundas emoções, que transformaram as vidas de suas semelhantes, bem como as vidas daqueles dos quais elas foram formadas.
Mulheres notáveis, admiráveis e especiais. Mulheres que ficaram gravadas, nas páginas do Livro mais contextualizado dos séculos e das gerações, a Bíblia Sagrada. Histórias que causam ações e reações, porque foram oriundas da inspiração d’Aquele que conhece sua intrigada psicologia.
Guerra dos sexos! Tema de novela, tema da vida real. Guerra fria, Guerra inevitável. Conseqüência dos “ismos”, caracterizadores de repúblicas.
Guerra que quebra paradigmas, que separa famílias, que destrói amigos, que limita crescimento, que gera sentimentos mesquinhos, que forma caracteres medíocres.
Guerra que suscita competições, que provoca atitudes inconseqüentes, que inflama desejos, que desvirtua sentidos.
Guerra que causa espanto, que desperta admiração, curiosidades, dúvidas, medos, atitudes, que arranca suspiros, que desbrava espaços...
Mulher e Homem, homem e mulher, distintos, porém indispensáveis. Ambos são devedores; ambos são iguais; ambos são partes essenciais; ambos com seus “mundos”, com suas peculiaridades, porém sem perder suas semelhanças.
Mulher e Homem, homem e mulher nada são por si só, pois por si só não existiriam; por si só não causariam diferenças e contrastes; por si só não sobreviveriam; por si só não haveria razão de sua criação.
Mulher e Homem, homem e mulher, perante o coração do Criador ocupam idênticas posições e os mesmos espaços. Não há acepção, mas há uma forma “sui generis”, ímpar e singular de lidar, pois Jesus Cristo veio acabar com as segregações, as explorações e os preconceitos existentes entre os variados níveis das relações humanas.
“Criou Deus, pois o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou” (Gn 1:27)
A imagem de Deus está presente na mulher do mesmo modo que no homem. Mulher e Homem, homem e mulher são nivelados na sua capacidade de percepção de Deus. São iguais e diferentes. Iguais no geral e diferentes nos detalhes. No entanto, essas diferenças são a sua maior fonte de integração. São imperativos do mundo e fonte de beleza. Cada um tem dado suas contribuições especiais ao mundo, mesmo que expressadas de maneiras diferentes, para saírem da monotonia previsível. Essa diferença foi, é e sempre será o tempero desses comportamentos que os tornam tão fascinantes.
Mulher e Homem, homem e mulher podem ser exemplificados como rios caminheiros de ignorada mensagem. Quando acompanhados, temos a curiosidade de descobrir seus estranhos e enigmáticos segredos. Muitas vezes, não sabemos entendê-los: ora se fecham em murmúrios, pondo-se a sofrer e a chorar, em sons indecifráveis. Rugem, de quando e quando, e depois se ameigam, em suave e brando murmurinho. Agitados, outras vezes, espumam o furor, e a seguir, se aquietam em surdina. Seguem assim e vão, contraditórios e incompreendidos, recebendo no ninho dos corações o calor dos dias e o frio das noites, e a refletir felizes e amargurados, nos rostos movediços, o fulgor do sol e o brilho das estrelas. Chegando sempre aos seus destinos.
Mulher e Homem, homem e mulher são pousos que se abrigam, para recuperarem as forças esgotadas, provocadas por adustos areais, em longas caminhadas.
MULHERES! Sejamos hoje, diante de nós e diante dos homens, somente aquilo que as Escrituras Sagradas nos afirmam e nos ensinam.
Nós mulheres, somos parte do projeto da Criação, da manifestação graciosa do amor de Deus, da montagem da história, do serviço em prol do Reino, para eternidade em Jesus Cristo.
João Pessoa (PB), 08 de março de 2012.
Por Djane Faustino
Djane é Advogada e o mais importante: erva do Deus Altíssimo.

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