quinta-feira, 17 de novembro de 2011

MUSICOTERAPIA

Saiba como a música ajuda a combater diversos males, inclusive o Alzheimer


Se você teve um dia "daqueles", nada como chegar em casa e ouvir uma musiquinha para relaxar. Ou, num momento de raiva, ouvir aquela música agitada também pode ser uma ótima maneira de extravasar. Todos nós, em algum momento, já tivemos a oportunidade de aproveitar os benefícios da música. No entanto, existe uma especialidade terapêutica que usa o ritmo, a melodia e outros elementos para tratar diversos males, que vão desde dificuldades de aprendizado até Alzheimer e Parkinson.


A música está presente de muitas formas no nosso dia-a-dia e seus benefícios para a saúde são palpáveis. De acordo com Andréa Farnettane, musicoterapeuta graduada pelo Conservatório Brasileiro de Música, "a música é uma linguagem que faz parte do nosso cotidiano. É uma linguagem prazerosa, que pode ser estimulante e confortadora podendo, assim, acelerar ou diminuir o fluxo sanguíneo e fortalecer o nosso sistema imunológico, se este for o objetivo terapêutico para aquele paciente. A musicoterapia usa os elementos musicais (som, ritmo, melodia e harmonia), capazes de comunicar e alterar estados mentais e emocionais, em suas sessões".


A musicoterapia é um campo da ciência relativamente novo. "A melhor definição é a da Federação Mundial de Prática Clínica da Musicoterapia que diz que ela é 'a utilização da música e/ou seus elementos por um musicoterapeuta qualificado, com um cliente ou grupo, no sentido de alcançar necessidades físicas, emocionais, mentais, sociais e cognitivas. A musicoterapia objetiva desenvolver potenciais e/ou restabelecer funções do indivíduo para que ele possa alcançar uma melhor integração intra e/ou interpessoal e, consequentemente, uma melhor qualidade de vida, pela prevenção, reabilitação ou tratamento'", diz Andréa.


A lista de condições e enfermidades que podem ser tratadas com a musicoterapia é bem extensa. "O campo é vasto e o musicoterapeuta pode atuar com: deficiências mentais síndromes neurológicas ou genéticas distúrbios de fala e linguagem deficiências visuais e auditivas tumores/ câncer pacientes soropositivos deficientes físicos paralisias cerebrais problemas emocionais pré e pós-cirúrgicos Acidente Vascular Cerebral (AVC) transtornos mentais graves – psicóticos e neuróticos problemas com álcool e outras drogas idosos saudáveis ou com sequelas neurológicas pacientes em coma cardiopatias, etc.", lista a musicoterapeuta.


A atuação da musicoterapia em pacientes portadores de algum tipo de demência também tem mostrado resultados muito positivos. Segundo Andréa, "a música estimula o corpo e a mente de forma prazerosa. No momento em que a música atua, a sensação de potência surge, proporcionando um aumento da qualidade de vida da pessoa. Em pacientes portadores de Alzheimer, a musicoterapia melhora a perda de memória, o desempenho de tarefas cotidianas, a orientação têmporo-espacial, a mudança de personalidade e retarda o aparecimento de complicações ligadas à doença. Em pacientes portadores de Parkinson, ela melhora a rigidez muscular e os tremores de repouso".


As sessões de musicoterapia podem ser individuais ou em grupo e vários métodos são utilizados. "Nas sessões é permitido todo e qualquer tipo de música, canções de ninar, infantis, populares, hinos religiosos, musicas clássicas, instrumentais, enfim. Se utiliza qualquer música que o paciente traga, crie ou peça. A música como linguagem faz parte de nosso cotidiano e há relatos de muitas pessoas que trabalham, estudam, relaxam ouvindo música. Enfim, mesmo se não for no consultório, ela não deixa de ser terapêutica. A música pode ser um caminho de prazer, de alívio. Não há indicação. Cabe a cada um de nós buscar o que nos conforta e nos agrada", finaliza Andréa.

FONTE: apsef.org.br

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