segunda-feira, 1 de outubro de 2012

50 Tons de Cinza Gente, há tempo que não postava mais nada no meu Blog, mas hoje resolvi postar um Artigo de uma Jornalista jovem,Paula Barbosa Ocanha, a quem passei a admirar bastante desde que li seu excelente Texto "Porque odiei Cinquenta tons de Cinza". Mas antes quero fazer as minhas observações: Eu não li essa PORCARIA de livro, nem iria lê-lo, pois já imaginava mais ou menos o seu conteúdo, cujo estilo em nada me atrai. Quando vejo uma pessoa desconhecida publicar um livro e do dia pra noite virar Best-seller erótico,com chicote e algemas, tornar-se um fenômeno de vendas: mais de 100 mil unidades em apenas uma semana e no mês do seu lançamento no Brasil,uma tiragem de 200 mil exemplares,eu fico logo desconfiada, daí porque resolvi pesquisar opiniões sobre esse fenômeno do "mundo erótico"com milhões de exemplares vendidos em todo o mundo e que está engordando o cofre de E.L. James a cada dia. Já que nem um pouco me interessei pela leitura do referido livro, optei por pesquisar na Internet assuntos que a ele fizessem referência. Vi em Sites, as mais variadas matérias: críticas de toda ordem,entrevistas com a Escritora e com Erika Lust - Diretora de Filmes pornô para mulheres,opiniões de algumas Celebridades,trechos do livro e até vi um vídeo de outro atual fenômeno do "mundo erótico" que lê e interpreta um trecho do livro: Marcelinho, o fantoche que lê contos eróticos na internet. Confesso que fiquei chocada da forma como os fatos são relatados e nem cheguei a lê nem a vê todo conteúdo dos trechos nem do vídeo. Fico impressionada como as mulheres se deixam atrair por tanta pornografia nojenta. Vejam, não tenho nada contra fazer sexo, muito pelo contrário acho tudo muito lindo entre duas pessoas que se amam, dependendo, apenas, delas as práticas de que se utilizam e no meu entender de Cristã conforme a palavra de Deus:“Venerado seja entre todos o leito sem mácula; porém aos que se dão à prostituição e aos adúlteros Deus os julgará” Heb 13:4 "Leito sem mácula é leito sem mancha, sem contaminação, sem infâmia.Leito sem mácula é sexo sem mácula, é sexo sem infâmia, sexo sem imundícia. Leito sem mácula é sexo sem prostituição, adultério, fornicação, sodomia, etc. A impressão que fica é que, no matrimônio, o leito é sem mácula, e de mútua fidelidade". Bem, já que não disse tudo que deveria, mas, o que poderia dizer, vamos então ao Texto da Jornalista Paula Barbosa Ocanha, o qual destaquei na minha Pesquisa: Li o "best-seller" Cinquenta Tons de Cinza há uns meses, pela internet, ainda em inglês, antes de o livro ter sido lançado no Brasil. Resolvi dividir minha opinião depois de ver que uma matéria sobre ele saiu na Época, falando sobre "o grande fenômeno editorial" que ele se tornou e como ele estava sendo bem recebido pelo público. Somente no Brasil já foram mais de 100 mil cópias vendidas, e no mundo todo, mais de 40 milhões! Eu realmente fiquei chocada. Mais do que fazer uma resenha, vou fazer uma crítica séria. Mas, primeiro quero deixar claro que leio histórias de diversos estilos, principalmente quando vejo que um livro está causando muito "barulho". Poucas vezes o barulho se revela uma boa surpresa, como "A Última Carta de Amor". Na maioria das vezes eles são literaturas da moda, efêmeras, que dificilmente vão conquistar leitores daqui dez ou vinte anos. Após ler a história percebi que existe um enorme problema em "Cinquenta tons de cinza", e em toda sua trilogia. Apesar do livro ser considerado literatura adulta, erótica – por ter descrição de cenas de sexo e do conteúdo ser impróprio para menores de idade – ele é totalmente infantilizado, como se fosse escrito para o público adolescente. Isso porque a personagem principal é uma menina de vinte e um anos, com pensamentos e inseguranças de uma adolescente de quinze, atitudes de uma jovem inexperiente, mas o livro é um "romance" que trata de sadomasoquismo! As peças simplesmente não se encaixam. Depois de ler o primeiro, e descartar completamente a possibilidade de ler os outros dois, pesquisei sobre a autora e descobri que (agora sim tudo começa a fazer sentido) ela é fã da série Crepúsculo. Ou seja, ela praticamente refez a história de Bella e Edward com muita erotização no meio. Se retirassem as partes proibidas para menores, a história se torna um romance bobo, com uma personagem principal vazia, sem conteúdo e completamente óbvio. Sem querer fazer julgamentos – já fazendo – creio que quem gostou de Cinquenta Tons de Cinza não deve ter amadurecido no gosto literário. É como se o livro fosse da série "Sabrina", com uma história um pouco maior! Antes de me baterem, preciso deixar uma coisa clara. Não tenho nada contra livro direcionado ao público adolescente. Até hoje leio alguns, e eles são sim simplificados e possuem histórias superficiais e bonitinhas, nada além do óbvio. Mas quando são livros direcionados para esse público, não vejo inconvenientes. O problema é quando um livro de gosto absolutamente duvidoso é colocado como literatura adulta com o objetivo claro de ser apreciado por jovens – mesmo menores de idade. Com uma leitura tão simples, sem complexidade e superficial, é lógico que adolescentes se interessarão pela história, e o texto não é recomendado para esse público. Sem mais delongas, a história é absolutamente irritante, assim como os personagens. Não recomendo. O livro Fifty Shades of Grey, da autora britânica Erika L. James, conta a história de uma universitária de 21 anos que, ao fazer um favor para sua amiga – de entrevistar um rico empresário para o jornal da escola – acaba se apaixonando perdidamente por um homem cheio de facetas e segredos obscuros. Christian Grey, magnata de apenas 27 anos, também fica fascinado pela jovem. O relacionamento dos dois, porém, nunca poderá ser normal – já que Grey não tem namoradas, somente escravas sexuais. A história se passa em Seattle. Anastasia, apaixonada, mas completamente inexperiente, tem que decidir se vai se entregar ao magnata ou se vai se afastar do mundo obscuro habitado por Grey. A curiosidade pela prática do sadomasoquismo e pela história de Grey – que demonstra ter sofrido muito no passado – fala mais alto, e Anastasia se envolve em uma história que não sabe se vai ter maturidade para continuar. A narrativa, como eu já disse, é exaustiva e extremamente lenta. Se você, como eu, tiver o azar de ler essa história, boa sorte! Você vai precisar! Paula Barbosa Ocanha, é jornalista, tem 23 anos e é apaixonada por leitura.