terça-feira, 24 de maio de 2011

Meus Deus!!! O que querem fazer com as nossas crianças?
Além do Kit Gay, tem mais essa. Vejam:

Os pais precisam se unir para proteger o futuro moral de seus filhos – veja mais um caso de escola que aceita apologia da promiscuidade sexual

Daniel F. S. Martins

Não fui discutir na escola para não constranger minha filha perante os colegas e os
professores. Mas no texto a seguir mostro o que penso a respeito do livro escolhido para as crianças da 7° série que, em sua maioria, ainda têm 12 anos de idade.

Foi assim que me escreveu um pai, indignado pelo que estão fazendo com sua filha e demais alunos no Colégio Portinari.
No texto que me enviou, explica alguns detalhes do livro “Depois daquela viagem”(de Valéria Piassa Polizzi, Ed. Ática), que supostamente serve de subsídio para aulas de “educação” sexual.

O livro faz apologia do palavrão, da promiscuidade sexual mais debandada, do vício solitário e do linguajar de baixíssimo calão.
Se isso já não bastasse, é de molde a tirar a fé dos alunos que a tenham. Peço licença para reproduzir o trecho abaixo:

- Você acredita em Deus? – era o Lucas me fazendo uma pergunta.
- Às vezes – respondi.
Ele fez uma cara de reprovação. Era uma daquelas pessoas que têm uma fé inabalável. Muitas vezes eu o invejava nisso. Continuei, irônica:
- Acho que Ele é um gordo, seminu, sentado lá em cima, com as pernas cruzadas, comendo pipoca, olhando aqui pra baixo e dando risada da cara da gente.
- Minha nossa!
- Tô só brincando – eu disse. Mas, na verdade, não estava. Muitas vezes acho isso mesmo. Noutras, nem sequer acredito que Ele existe. Acho que foi tudo uma invenção do homem devido à sua fraqueza e incapacidade de admitir que é o único responsável por sua própria vida. E o único a ocupar o espaço, muitas vezes vazio, de si mesmo.


Pois bem, esse pai que me escreveu pensou no início que era o único indignado. Alguns dias depois de me dar essa notícia, disse que a filha ficou sabendo que alguns pais de colegas estavam também descontentes. A filha, entretanto, com medo dos possíveis debiques, não quer falar muito com os colegas sobre o assunto. Mas tenho certeza de que há muitos outros contrários. E não só no Colégio Portinari!

Tenho recebido vários e-mails nesse mesmo sentido, e estou pedindo sugestões aos amigos sobre o que poderíamos fazer para reagir contra essa lama de imoralidade, que invade justamente os lugares de ensino. Pois o que está em jogo é o futuro próximo de nossos filhos e do Brasil!

E o leitor, o que pensa?

Fonte:http://www.ipco.org.br/home/noticias/8056

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Muitos pessoas já ouviram falar da Reforma Protestante, mas poucos se interessam em ler algo, ou se aprofundar, sobre o assunto e assumem atitudes preconceituosa ou de intolerância e se limitam apenas ao que ouviu falar para manifestar a antipatia pelos chamados Protestantes, movidos pela religiosidade.
Bem, se você é um desses ou se interessa pelo assunto ou deseja apenas ampliar os seus conhecimentos gerais, eu gostaria que lesse esse Texto que é muito amplo e abrangente e resume de forma clara e verdadeira o Movimento, no contexto social e religioso.
Vejamos:


A REFORMA PROTESTANTE DO SÉCULO XVI


Alderi Souza de Matos (professor de História da Igreja no Centro Presbiteriano de Pós-Graduação Andrew Jumper (CPAJ), na Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM) e historiador da Igreja Presbiteriana do Brasil (IPB)

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1. Antecedentes – final da Idade Média


1.1 Os Estados Nacionais


Nos séculos que antecederam a Reforma Protestante, a Igreja não vivia em um vácuo, mas sim em um contexto político e social mais amplo com o qual tinha múltiplas interações. No final da Idade Média, houve o surgimento dos chamados “estados nacionais”, as modernas nações européias, o que representou uma grande ameaça às pretensões do papado. Na Alemanha (Sacro Império Romano), Rudolf von Hapsburg foi eleito imperador em 1273. Em 1356, um documento conhecido como Bula de Ouro determinou que cada novo imperador seria escolhido por sete eleitores (quatro nobres e três arcebispos). Havia descentralização política, isto é, o poder dos príncipes limitava a autoridade do imperador, e forte tensão entre a igreja e o estado.


Na França, houve o fortalecimento da monarquia com Filipe IV, o Belo (1285-1314). Esse rei enfrentou com êxito o poder da Igreja e dos papas e preparou a França para tornar-se o primeiro estado nacional moderno. Na Inglaterra, o parlamento reuniu-se pela primeira vez em 1295. Esse país teve um grande rei na pessoa de Eduardo I (†1307), que subjugou os nobres e enfrentou com êxito o papa na questão de impostos.


1.2 O Declínio do Papado


Este período começa com o pontificado de BonifácioVIII (1294-1303), um papa arrogante e ambicioso que entrou em confronto direto com o rei Filipe IV acerca de impostos e da autoridade papal. Bonifácio publicou três famosas bulas: Clericis Laicos, na qual reclama que os leigos sempre foram hostis ao clero; Ausculta Fili (“Escuta, filho”), dirigida ao rei francês, e Unam Sanctam (1302), denominada “o canto do cisne do papado medieval”. Irritado com as ações papais, Filipe enviou suas tropas, o papa foi preso e faleceu um mês após ser libertado.


Seguiu-se um período de crescente desmoralização do papado. Clemente V (1305-1314), um papa francês, transferiu a Cúria, ou seja, a administração da Igreja, para Avinhão, ao sul da França, no que ficou conhecido como o “Cativeiro Babilônico da Igreja” (1309-1377). Em toda parte, cresceram as críticas às extravagâncias e ao luxo da corte papal. João XXII (1316-1334) mostrou-se eficiente na cobrança de taxas e dízimos para cobrir essas despesas. Finalmente, ocorreu o chamado “Grande Cisma”, em que houve dois e posteriormente três papas rivais em Roma, Avinhão e Pisa (1378-1417). Diante dessa situação constrangedora, surgiu em toda a Europa um clamor por “reformas na cabeça e nos membros”.


1.3 O Movimento Conciliar


Durante o “Grande Cisma”, cada papa considerou-se o único legítimo e excomungou o rival. Assim, houve a necessidade de um concílio para resolver a crise. O Concílio de Pisa (1409) elegeu um novo papa, mas os outros dois recusaram-se a serem depostos, resultando em três papas ao mesmo tempo. João XXIII, o segundo papa pisano, convocou o Concílio de Constança (1414-1417), que depôs os três papas, elegeu Martinho V como único papa, decretou a supremacia dos concílios sobre o papa e condenou os pré-reformadores João Wycliff, João Hus e Jerônimo de Praga. O Concílio de Basiléia (1431-1449) reafirmou a superioridade dos concílios. Finalmente, o Concílio de Ferrara-Florença (1438-1445) tentou a união com a Igreja Ortodoxa (frustrada pela conquista de Constantinopla pelos turcos em 1453) e reafirmou a supremacia papal. Essa tentativa fracassada de tornar a Igreja mais democrática e governá-la através de concílios ficou conhecida como conciliarismo.


1.4 Movimentos dissidentes


Outro aspecto desse período de efervescência foi o surgimento de alguns movimentos dissidentes no sul da França que despertaram forte oposição da Igreja Católica. Um deles foi o dos cátaros (em grego = “puros”) ou albigenses (da cidade de Albi), surgidos no século 11. Caracterizavam-se por um sincretismo cristão, gnóstico e maniqueísta, com um dualismo radical (espiritual x material) e extremo ascetismo. Foram condenados pelo 4° Concílio Lateranense em 1215 e mais tarde aniquilados por uma cruzada. Para combater esses e outros hereges, a Inquisição foi oficializada em 1233.


Outro movimento foi liderado por Pedro Valdo ou Valdes († c.1205), de Lião, cujos seguidores ficaram conhecidos como “homens pobres de Lião”. Tinham um estilo de vida comunitário, ensinavam as Escrituras no vernáculo (enfatizando o Sermão do Monte), incentivavam a pregação de leigos e de mulheres, negavam o purgatório. Condenados pelo Concílio de Verona em 1184, foram muito perseguidos, refugiando-se em vales remotos e quase inacessíveis dos alpes italianos. Mais tarde, abraçaram a Reforma Protestante, sendo assim uma das poucas Igrejas protestantes anteriores à Reforma do Século 16.


1.5 Primeiros Movimentos de Reforma


Nos séculos 14 e 15, surgiram alguns movimentos esporádicos de protesto contra certos ensinos e práticas da Igreja Medieval. Um deles foi encabeçado por João Wycliff (1325?-1384), um sacerdote e professor da Universidade de Oxford, na Inglaterra. Wycliff atacou as irregularidades do clero, as superstições (relíquias, peregrinações, veneração dos santos), bem como a transubstanciação, o purgatório, as indulgências, o celibato clerical e as pretensões papais. Seus seguidores, conhecidos como os lolardos, tinham a Bíblia como norma de fé que todos devem ler e interpretar.


João Hus (c.1372-1415), um sacerdote e professor da Universidade de Praga, na Boêmia, foi influenciado pelos escritos de Wycliff. Definia a igreja por uma vida semelhante à de Cristo, e não pelos sacramentos. Dizia que todos os eleitos são membros da igreja e que o seu cabeça é Cristo, não o papa. Insistia na autoridade suprema das Escrituras. Hus foi condenado à fogueira pelo Concílio de Constança. Seus seguidores ficaram conhecidos como Irmãos Boêmios (1457) e foram muito perseguidos. Foram os precursores dos Irmãos Morávios, que veremos posteriormente, outro grupo protestante cujas raízes são anteriores à Reforma do século 16. Outro indivíduo incluído entre os pré-reformadores é Jerônimo Savonarola (1452-1498), um frade dominicano de Florença, na Itália, que pregou contra a imoralidade na sociedade e na Igreja, inclusive no papado. Governou a cidade por algum tempo, mas finalmente foi excomungado e enforcado como herege.


1.6 Movimentos Devocionais


Além dos movimentos que romperam com a Igreja, houve outros que permaneceram na mesma por se concentrarem na vida devocional, sem críticas aos dogmas católicos. Um deles foi o misticismo, bastante forte na Inglaterra, Holanda e especialmente na Alemanha (Reno). Os principais místicos dessa época foram Meister Eckhart (†1327); Tauler (†1361) e os “Amigos de Deus”, Henrique Suso (†1366) e mais tarde o célebre teólogo e líder eclesiástico Nicolau de Cusa (1401-1464). O misticismo dava ênfase à união com Deus, ao amor, à humildade e à caridade, e produziu uma belíssima literatura devocional.


Outro importante movimento foi a Devoção Moderna, que se manteve forte durante todo o século 15. Suas ênfases recaíam sobre a espiritualidade, a leitura da Bíblia, a meditação e a oração. Também valorizava a educação, criando ótimas escolas. Foi um movimento leigo, para ambos os sexos, e também exerceu grande influência sobre os reformadores protestantes. Os participantes eram conhecidos como Irmãos da Vida Comum. A obra mais importante e popular produzida por esse movimento foi o belíssimo livreto devocional A Imitação de Cristo (1418), escrito por Thomas à Kempis.


1.7 Os humanistas bíblicos


O interesse pelas obras da Antiguidade levou ao estudo da Bíblia nas línguas originais pelos chamados humanistas bíblicos. Os principais deles foram o italiano Lorenzo Valla (†1457), estudioso do Novo Testamento; o inglês John Colet (†1519), estudioso das epístolas paulinas; o alemão Johannes Reuchlin (†1522), notável hebraísta; o francês Lefèvre D’Étaples (†1536), tradutor do Novo Testamento; e o holandês Erasmo de Roterdã (1466?-1536), “o príncipe dos humanistas”, que publicou uma edição crítica do Novo Testamento grego com uma tradução latina, talvez a obra mais importante publicada no século 16, que serviu de base para as traduções de Lutero, Tyndale e Lefèvre e muito influenciou os reformadores protestantes. Esse retorno às Escrituras muito contribuiu para a Reforma do Século 16.


1.8 Situação Geral


O final da Idade Média foi marcado por muitas convulsões políticas, sociais e religiosas. Entre as políticas destacou-se a Guerra dos Cem Anos (1337-1453), entre a Inglaterra e a França, na qual tornou-se famosa a heroína Joana D’Arc. Houve também muitas revoltas camponesas, o declínio do feudalismo, a expansão das cidades e o surgimento do capitalismo. No aspecto social, havia fomes periódicas e o terrível flagelo da peste bubônica ou peste negra (1348). As guerras, epidemias e outros males produziam morte, devastação e desordem, ou seja, a ruptura da vida social e pessoal. O sentimento dominante era de insegurança, ansiedade, melancolia e pessimismo. Isso era ilustrado pela “dança da morte”, gravuras que se viam em toda parte com um esqueleto dançante.


Na área religiosa, houve a erosão do ideal da cristandade ou “corpus christianum”, a sociedade coesa sob a liderança da igreja e dos papas. A religiosidade era meritória, com missas pelos mortos, crença no purgatório e invocação dos santos e Maria. Ao mesmo tempo, havia grande ressentimento contra a igreja por causa dos abusos praticados e do desvio dos seus propósitos. Isso é ilustrado pela situação do papado no final do século 15 e início do século 16. Os chamados papas do renascimento foram mais estadistas e patronos das artes e da cultura do que pastores do seu rebanho. A instituição papal continuou em declínio, com muitas lutas políticas, simonia, nepotismo, falta de liderança espiritual, aumento de gastos e novos impostos eclesiásticos. Como papa Alexandre VI (1492-1503), o espanhol Rodrigo Borja foi um generoso promotor das artes e da carreira dos seus filhos César e Lucrécia; Júlio II (1503-1513) foi um papa guerreiro, comandando pessoalmente o seu exército; Leão X (1513-1521), o papa contemporâneo de Lutero, teria dito quando foi eleito: “Agora que Deus nos deu o papado, vamos desfrutá-lo”.


2. A Reforma Protestante – 1ª Parte


2.1 O contexto social e religioso


Vimos, no final da seção anterior, alguns elementos que caracterizavam a sociedade européia às vésperas da Reforma. Havia muita violência, baixa expectativa de vida, profundos contrastes socioeconômicos e um crescente sentimento nacionalista. Havia também muita insatisfação, tanto dos governantes como do povo, em relação à Igreja, principalmente ao alto clero e a Roma. Na área espiritual, havia insegurança e ansiedade acerca da salvação em virtude de uma religiosidade baseada em obras, também chamada de religiosidade contábil ou “matemática da salvação” (débitos = pecados; créditos = boas obras).


Foi bastante inusitado o episódio mais imediato que desencadeou o protesto de Lutero. Desde meados do século 14, cada novo líder do Sacro Império Romano era escolhido por um colégio eleitoral composto de quatro príncipes e três arcebispos. Em 1517, quando houve a eleição de um novo imperador, um dos três arcebispados eleitorais (o de Mainz ou Mogúncia) estava vago. Uma das famílias nobres que participavam desse processo, os Hohenzollern, resolveu tomar para si esse cargo e assim ter mais um voto no colégio eleitoral. Um jovem da família, Alberto, foi escolhido para ser o novo arcebispo, mas havia dois problemas: ele era leigo e não tinha a idade mínima exigida pela lei canônica para exercer esse ofício. O primeiro problema foi sanado com a sua rápida ordenação ao sacerdócio.


Quanto ao impedimento da idade, era necessária uma autorização especial do papa, o que levou a um negócio altamente vantajoso para ambas as partes. A família nobre comprou a autorização do papa Leão X mediante um empréstimo feito junto aos banqueiros Fugger, de Augsburgo. Ao mesmo tempo, o papa autorizou o novo arcebispo Alberto de Brandemburgo a fazer uma venda especial de indulgências, dividindo os rendimentos da seguinte maneira: parte serviria para o pagamento do empréstimo feito pela família e a outra parte iria para as obras da Catedral de São Pedro, em Roma. E assim foi feito. Tão logo foi instalado no seu cargo, Alberto encarregou o dominicano João Tetzel de fazer a venda das indulgências (o perdão das penas temporais do pecado). Quando Tetzel aproximou-se de Wittenberg, Lutero resolveu pronunciar-se sobre o assunto.


2.2 Martinho Lutero (1483-1546)


Martinho Lutero nasceu em 1483 na pequena cidade de Eisleben, na Turíngia, em um lar muito religioso. Seu pai trabalhava nas minas e a família tinha uma vida confortável. Inicialmente, o jovem pretendeu seguir a carreira jurídica, mas em 1505 defrontou-se com a morte em uma tempestade e resolveu abraçar a vida religiosa. Ingressou no mosteiro agostiniano de Erfurt, onde se dedicou a uma intensa busca da salvação. Em 1512, tornou-se professor da Universidade de Wittenberg, onde passou a ministrar cursos sobre vários livros da Bíblia, como Gálatas e Romanos. Isso lhe deu um novo entendimento acerca da “justiça de Deus”: ela não era simplesmente uma expressão da severidade de Deus, mas do seu amor que justifica o pecador mediante a fé em Jesus Cristo (Rom 1.17).


No dia 31 de outubro de 1517, diante da venda das indulgências por João Tetzel, Lutero afixou à porta da igreja de Wittenberg as suas Noventa e Cinco Teses, a maneira usual de convidar-se uma comunidade acadêmica para debater algum assunto. Logo, uma cópia das teses chegou às mãos do arcebispo, que as enviou a Roma. No ano seguinte, Lutero foi convocado para ir a Roma a fim de responder à acusação de heresia. Recusando-se a ir, foi entrevistado pelo cardeal Cajetano e manteve as suas posições. Em 1519, Lutero participou de um debate em Leipzig com o dominicano João Eck, no qual defendeu o pré-reformador João Hus e afirmou que os concílios e os papas podiam errar.


Em 1520, a bula papal Exsurge Domine (= “Levanta-te, Senhor”) deu-lhe sessenta dias para retratar-se ou ser excomungado. Os estudantes e professores da universidade queimaram a bula e um exemplar da lei canônica em praça pública. Nesse mesmo ano, Lutero escreveu várias obras importantes, especialmente três: À Nobreza Cristã da Nação Alemã, O Cativeiro Babilônico da Igreja e A Liberdade do Cristão. Isso lhe deu notoriedade imediata em toda a Europa e aumentou a sua popularidade na Alemanha. No início de 1521, foi publicada a bula de excomunhão, Decet Pontificem Romanum. Nesse ano, Lutero compareceu a uma reunião do parlamento, a Dieta de Worms, onde reafirmou as suas idéias. Foi promulgado contra ele o Edito de Worms, que o levou a refugiar-se no castelo de Wartburgo, sob a proteção do príncipe-eleitor da Saxônia, Frederico, o Sábio. Ali, Lutero começou a produzir uma obra-prima da literatura alemã, a sua tradução das Escrituras.


2.3 A Reforma na Alemanha


A partir de então, a reforma luterana difundiu-se rapidamente no Sacro Império, sendo abraçada por vários principados alemães. Isso levou a dificuldades crescentes com os principados católicos, com o novo imperador Carlos V (1519-1556) e com o parlamento (Dieta). Na Dieta de 1526, houve uma atitude de tolerância para com os luteranos, mas em 1529 a Dieta de Spira reverteu essa política conciliadora. Diante disso, os líderes luteranos fizeram um protesto formal que deu origem ao nome histórico “protestantes”. No ano seguinte, o auxiliar e eventual sucessor de Lutero, Filipe Melanchton (1497-1560), apresentou ao imperador Carlos V a Confissão de Augsburgo, um importante documento que definia em 21 artigos a doutrina luterana e indicava sete erros que Lutero via na Igreja Católica Romana.


Os problemas político-religiosos levaram a um período de guerras entre católicos e protestantes (1546-1555), que terminaram com um tratado, a Paz de Augsburgo. Esse tratado assegurou a legalidade do luteranismo mediante o princípio “cujus regio, eius religio”, ou seja, a religião de um príncipe seria automaticamente a religião oficial do seu território. O luteranismo também se difundiu em outras partes da Europa, principalmente nos países nórdicos, surgindo igrejas nacionais luteranas na Suécia (1527), Dinamarca (1537), Noruega (1539) e Islândia (1554). Lutero e os demais reformadores defenderam alguns princípios básicos que viriam a caracterizar as convicções e práticas protestantes: sola Scriptura, solo Christo, sola gratia, sola fides, soli Deo gloria. Outro princípio aceito por todos foi o do sacerdócio universal dos fiéis.


2.4 Ulrico Zuínglio (1484-1531)


Ulrico Zuínglio recebeu uma educação esmerada, com forte influência humanista. Inicialmente, foi sacerdote em Glarus (1506) e em Einsiedeln (1516). Influenciado pelo Novo Testamento publicado por Erasmo de Roterdã, tornou-se um estudioso das Escrituras e um pregador bíblico. Com isso, foi chamado para trabalhar na catedral de Zurique em 1518. Quatro anos mais tarde, surgiram as primeiras divergências com a doutrina católica. Zuínglio defendeu o consumo de carne na quaresma e o casamento dos sacerdotes, alegando não serem essas coisas proibidas nas Escrituras. Ele propôs o princípio de que tudo devia ser julgado pela Bíblia.


Em 1523, houve o primeiro debate público em Zurique e a cidade começou a tornar-se protestante. O reformador escreveu os Sessenta e Sete Artigos – a carta magna da reforma de Zurique – nos quais defendeu a salvação somente pela graça, a autoridade da Escritura e o sacerdócio dos fiéis, bem como atacou o primado do papa e a missa. Esse movimento suíço, conhecido como a “segunda reforma”, deu origem às igrejas “reformadas”, difundindo-se inicialmente na Suíça alemã e no sul da Alemanha. Em 1525, o Conselho Municipal de Zurique adotou o culto em lugar da missa e em geral promoveu mudanças mais radicais do que as efetuadas por Lutero.


Como estava acontecendo na Alemanha, também na Suíça houve guerras entre católicos e protestantes. Em 1529, travou-se a primeira batalha de Kappel. No mesmo ano, a Dieta de Spira mostrou aos protestantes a necessidade de uma aliança contra os seus adversários. Para tanto, era necessário que resolvessem algumas diferenças doutrinárias. Isso levou ao Colóquio de Marburg, convocado pelo príncipe Filipe de Hesse. Luteranos e reformados concordaram sobre a maior parte das questões doutrinárias, mas divergiram seriamente sobre o significado da Santa Ceia. Em 1531, Zuínglio morreu na segunda batalha de Kappel.


2.5 Os Reformadores Radicais (Anabatistas)


O terceiro movimento da Reforma Protestante surgiu na própria cidade de Zurique. Em 1522, homens como Conrado Grebel e Félix Mantz começaram a reunir-se com amigos para estudar a Bíblia. Inicialmente, eles apoiaram a obra de Zuínglio, mas a partir de 1524 passaram a condenar tanto Zuínglio quanto as autoridades municipais, alegando que a sua obra de reforma não estava sendo profunda o suficiente. Por causa de sua insistência no batismo de adultos, foram apelidados de “anabatistas”, ou seja, rebatizadores, sendo também chamados de radicais, fanáticos, entusiastas e outras designações. Por causa de suas atividades de protesto, nas quais chegavam a interromper cultos e celebrações da ceia, os líderes anabatistas sofreram punições de severidade crescente. Em 1526, Grebel morreu em uma epidemia, mas seu pai foi decapitado, Mantz foi afogado e outro líder, Jorge Blaurock, foi expulso da cidade.


O movimento logo se difundiu nas vizinhas Alemanha e Áustria e em outras partes da Europa. Um importante líder em Estrasburgo foi Miguel Sattler (c.1490-1527), que presidiu a conferência de Schleitheim (1527), na qual os anabatistas aprovaram a Confissão de Fé de Schleitheim. Essa confissão definiu os princípios anabatistas básicos: ideal de restauração da igreja primitiva; igrejas vistas como congregações voluntárias separadas do Estado; batismo de adultos por imersão; afastamento do mundo; fraternidade e igualdade; pacifismo; proibição do porte de armas, cargos públicos e juramentos. Os anabatistas foram os únicos protestantes do século 16 a defenderem a completa separação entre a igreja e o estado.


Os anabatistas adquiriram uma reputação negativa por causa de acontecimentos ocorridos na cidade de Münster (1532-1535). Influenciados por Melchior Hoffman, que anunciou o fim do mundo e a destruição dos ímpios, alguns anabatistas implantaram uma teocracia intolerante naquela cidade alemã. Finalmente, foram todos mortos por um exército católico. Já na Holanda, o movimento teve um líder equilibrado e capaz na pessoa de Menno Simons (1496-1561), do qual vieram os menonitas. Outro líder de expressão foi Jacob Hutter (†1536), na Morávia. Os menonitas e os huteritas viviam em colônias, tendo tudo em comum (ver Atos 2.44; 4.32). Cruelmente perseguidos em toda a Europa, muitos deles eventualmente emigraram para a América do Norte.


2.6 João Calvino (1509-1564)


João Calvino nasceu em Noyon, no nordeste da França. Seu pai, Gérard Cauvin, era secretário do bispo e advogado da igreja naquela cidade; sua mãe Jeanne Lefranc, morreu quando ele ainda era uma criança. Após os primeiros estudos em sua cidade, Calvino seguiu para Paris, onde estudou teologia e humanidades (1523-1528). A seguir, por determinação do pai, foi estudar direito nas cidades de Orléans e Bourges (1528-1531). Com a morte do pai, retornou a Paris e deu prosseguimento aos estudos humanísticos, publicando sua primeira obra, um comentário do tratado de Sêneca Sobre a Clemência.


Calvino converteu-se provavelmente em 1533. No dia 1º de novembro daquele ano, seu amigo Nicholas Cop fez um discurso de posse na Universidade de Paris repleto de idéias protestantes. Calvino foi considerado o co-autor do discurso e os dois amigos tiveram de fugir para salvar a vida. Calvino foi para a cidade de Angouleme, onde começou a escrever a sua obra mais importante, Instituição da Religião Cristã ou Institutas, publicada em Basiléia em 1536 (a última edição seria publicada somente em 1559). Após voltar por breve tempo ao seu país, Calvino decidiu fixar-se na cidade protestante de Estrasburgo, onde atuava o reformador Martin Butzer (1491-1551). No caminho, ocorreu um episódio marcante. Impossibilitado de seguir diretamente para Estrasburgo por causa de guerra entre a França e a Alemanha, o futuro reformador fez um longo desvio, passando por Genebra, na Suíça francesa. Essa cidade havia abraçado o protestantismo reformado há apenas dois meses (maio de 1536), sob a liderança de Guilherme Farel (1489-1565). Este, sabendo que o autor das Institutas estava de passagem pela cidade, o “convenceu” a permanecer ali e ajudá-lo.


2.7 A Reforma em Genebra


Logo, Calvino e Farel entraram em conflito com os magistrados de Genebra e dois anos depois foram expulsos. Calvino seguiu então para Estrasburgo, onde passou os três anos mais felizes e produtivos da sua carreira (1538-1541). Naquela cidade, ele pastoreou uma igreja de refugiados franceses, casou-se com a viúva Idelette de Bure (†1549), lecionou na academia de João Sturm, participou de conferências religiosas ao lado de Martin Butzer e publicou algumas obras importantes, entre elas a segunda edição das Institutas e o Comentário de Romanos, o primeiro dos muitos que escreveu.


Eventualmente, os magistrados de Genebra insistiram no seu retorno. Calvino aceitou com a condição de que pudesse escrever a constituição da Igreja Reformada de Genebra. Essa importante obra, as Ordenanças Eclesiásticas, previa quatro categorias de oficiais: pastores, encarregados da pregação e dos sacramentos; doutores para o estudo e ensino da Bíblia; presbíteros, com funções disciplinares; e diáconos, encarregados da beneficência. Os pastores e os doutores formavam a Companhia dos Pastores; os pastores e os presbíteros integravam o Consistório, uma espécie de tribunal eclesiástico. Calvino teve um relacionamento tenso com as autoridades municipais até 1555. No final desse período, em 1553, o médico espanhol Miguel Serveto foi condenado e executado por heresia. Calvino teve uma participação nesse episódio, lamentada por seus herdeiros, o que não anula a sua grande obra como reformador, escritor, teólogo e líder eclesiástico. Em 1559, um ano especialmente significativo, o reformador tornou-se cidadão de Genebra, fundou a sua Academia, embrião da Universidade de Genebra, e publicou a última edição das Institutas.


A visão do reformador francês era tornar Genebra uma cidade-cristã-modelo através da reorganização da Igreja, de um ministério bem preparado, de leis que expressassem uma ética bíblica e de um sistema educacional completo e gratuito. O resultado foi que Genebra tornou-se um grande centro do protestantismo, preparando líderes reformados para toda a Europa e abrigando centenas de refugiados. O calvinismo veio a ser o mais completo sistema teológico protestante, tendo por princípio básico a soberania de Deus e suas implicações, soteriológicas e outras. Foi essa a origem das Igrejas reformadas (continente europeu) ou presbiterianas (Ilhas Britânicas). Os principais países em que se difundiu o movimento reformado foram, além da Suíça e da França, o sul da Alemanha, a Holanda, a Hungria e a Escócia.


Calvino também se notabilizou como um erudito bíblico. Escreveu comentários sobre quase todo o Novo Testamento e os principais livros do Antigo Testamento. Seus sermões e preleções também expuseram amplamente as Escrituras. Além disso, escreveu muitos opúsculos, tratados e cartas. Mas a maior das suas obras são as Institutas, nas quais ele expôs todos os aspectos da doutrina cristã, apelando às Escrituras e ao testemunho dos antigos pais da igreja. Em muitas de suas obras, se vê uma mão que sustenta um coração, e ao redor as palavras Cor meum tibi offero Domine, prompte et sincere (“O meu coração te ofereço, ó Senhor, de modo pronto e sincero”).


2.8 Implicações Práticas


Os reformadores não estavam buscando inovar, mas restaurar antigas verdades bíblicas que haviam sido esquecidas ou obscurecidas pelo tempo e pelas tradições humanas. Sua maior contribuição foi chamar a atenção das pessoas para a importância das Escrituras e seus grandes ensinos, especialmente no que diz respeito à salvação e à vida cristã. Para que as Igrejas Evangélicas atuais possam manter-se fiéis à sua vocação, é preciso que julguem tudo pelas Escrituras, acolhendo o que é bom e lançando fora o que é mau. Os reformadores nos mostraram que o critério da verdade não são os ensinos humanos, nem a experiência espiritual subjetiva, mas o Espírito Santo falando na Palavra e pela Palavra.


3. A Reforma Protestante – 2ª Parte


3.1 A Reforma na Inglaterra


Vários fatores contribuíram para a introdução da Reforma Protestante na Inglaterra: o anticlericalismo de uma grande parcela do povo e dos governantes, as idéias do pré-reformador João Wycliff, a penetração de ensinos luteranos a partir de 1520, o Novo Testamento traduzido por William Tyndale (1525) e a atuação de refugiados que voltaram de Genebra. Todavia, quem deu o passo decisivo para que a Inglaterra começasse a tornar-se protestante foi o rei Henrique VIII.


Henrique VIII (1491-1547) começou a reinar em 1509. Sendo muito católico, em 1521 escreveu um folheto contra Lutero que lhe valeu o título de “defensor da fé”. Era casado com a princesa espanhola Catarina de Aragão, viúva do seu irmão, que não conseguiu dar-lhe um filho varão, mas somente uma filha, Maria. Henrique pediu ao papa Clemente VII que anulasse o seu casamento com Catarina para que pudesse casar-se com Ana Bolena (Anne Boleyn), mas o papa não pode atendê-lo nesse desejo. Uma das principais razões foi o fato de que Catarina era tia do sacro imperador germânico Carlos V. Em 1533, Thomas Cranmer (1489-1556) foi nomeado arcebispo de Cantuária e poucos meses depois declarou nulo o casamento do rei. Em 1534, o parlamento aprovou o Ato de Supremacia, pelo qual a Igreja Católica inglesa desvinculou-se de Roma e o rei foi declarado “Protetor e Único Chefe Supremo da Igreja da Inglaterra.” O bispo John Fisher e o ex-chanceler Thomas More opuseram-se a essas medidas e foram executados (1535); os numerosos mosteiros do país foram extintos e suas propriedades confiscadas (1536-1539). Nos anos seguintes, Henrique ainda teria outras quatro esposas: Jane Seymour, Ana de Cleves, Catarina Howard e Catarina Parr.


Henrique morreu na fé católica e foi sucedido no trono por Eduardo VI (1547-1553), o filho que teve com Jane Seymour. Os tutores do jovem rei implantaram a Reforma na Inglaterra e puseram fim às perseguições contra os protestantes. Foram aprovados dois importantes documentos escritos pelo arcebispo Cranmer, o Livro de Oração Comum (1549; revisto em 1552) e os Quarenta e Dois Artigos (1553), uma síntese das teologias luterana e calvinista. Eduardo era doentio e morreu ainda jovem, sendo sucedido por sua irmã Maria Tudor (1553-1558), conhecida como “a sanguinária”, filha de Catarina de Aragão. Maria perseguiu os líderes protestantes e muitos foram levados à fogueira. Os mártires mais famosos foram Hugh Latimer, Nicholas Ridley e Thomas Cranmer. Muitos outros, os chamados “exilados marianos”, foram para Genebra, Estrasburgo e outras cidades protestantes.


Com a morte de Maria, subiu ao trono sua meio-irmã Elizabete I (1558-1603), filha de Ana Bolena, em cujo reinado a Inglaterra tornou-se definitivamente protestante. Em 1563, foi promulgado o Ato de Uniformidade, que aprovou os Trinta e Nove Artigos. O resultado foi o acordo anglicano, que reuniu elementos das principais teologias evangélicas, bem como traços católicos, especialmente na área da liturgia. Além dos anglicanos, havia outros grupos protestantes na Inglaterra, como os puritanos, presbiterianos e congregacionais. Os puritanos surgiram no reinado de Elizabete e foram assim chamados porque reivindicavam uma Igreja pura em sua doutrina, culto e forma de governo. Reprimidos na Inglaterra, muitos puritanos foram para a América do Norte, estabelecendo-se em Plymouth (1620) e Boston (1630), na Nova Inglaterra. Outro grupo protestante inglês foram os batistas, surgidos a partir de 1607 sob a liderança de John Smyth e Thomas Helwys. Este fundou em 1612 a primeira igreja batista geral.


No século 17, no contexto da guerra civil entre o rei Carlos I e um parlamento puritano, foi convocada a Assembléia de Westminster (1643-1649). Essa célebre assembléia elaborou uma série de documentos calvinistas para a Igreja da Inglaterra, entre os quais a Confissão de Fé e os Catecismos Maior e Breve, que se tornaram os principais símbolos confessionais das Igrejas reformadas ou presbiterianas.


3.2 A Reforma na Escócia


O protestantismo começou a ser difundido na Escócia por homens como Patrick Hamilton e George Wishart, ambos martirizados. Todavia, o presbiterianismo foi introduzido graças aos esforços do reformador John Knox (†1572), um discípulo de Calvino que, após passar alguns anos em Genebra, retornou ao seu país em 1559. No ano seguinte, o parlamento escocês criou a Igreja da Escócia (presbiteriana). Knox fez oposição tenaz à rainha católica Maria Stuart (1542-1587), prima de Elizabete, que viveu na França (1548-1561) e voltou à Escócia para tomar posse do trono. A aceitação do protestantismo ocorreu no contexto da luta pela independência do domínio francês. Alguns anos mais tarde, Maria Stuart teve de fugir e buscar refúgio na Inglaterra, onde foi executada por ordem de Elizabete em 1587.


Foi na Escócia que surgiu o conceito político-religioso de “presbiterianismo”. Os reis ingleses e escoceses sempre foram firmes defensores do episcopalismo, ou seja, de uma Igreja governada por bispos. A razão disso é que, sendo os bispos nomeados pelos reis, a Igreja seria mais facilmente controlada pelo estado e serviria aos interesses do mesmo. À luz das Escrituras, os presbiterianos insistiram em uma Igreja governada por oficiais eleitos pela comunidade, os presbíteros, tornando assim a Igreja livre da tutela do Estado. Foi somente após um longo e tumultuado processo que o presbiterianismo implantou-se definitivamente na Escócia.


3.3 A Reforma na França


O movimento reformado francês surgiu na década de 1530. Inicialmente tolerante, o rei Francisco I (1515-1547) eventualmente mostrou-se hostil contra os reformados. Henrique II (1547-1559) foi ainda mais severo que o seu pai. Em 1559, reuniu-se o primeiro sínodo nacional da Igreja Reformada da França, que aprovou a Confissão Galicana. Em 1561, havia duas mil congregações reformadas no país, compostas de artesãos, comerciantes e até mesmo de algumas famílias nobres, como os Bourbon e os Montmorency. Os reformados franceses, conhecidos como huguenotes, estavam concentrados principalmente no oeste e sudoeste do país, e recebiam decidido apoio de Genebra. Ao norte e leste estava a facção ultracatólica liderada pela poderosa família Guise-Lorraine.


No reinado de Francisco II (1559-1560), os Guise controlaram o governo. Quando Carlos IX (1560-1574) tornou-se rei, sendo ainda menor, sua mãe Catarina de Médici assumiu a regência, mostrando-se inicialmente tolerante para com os huguenotes. Tentando conciliar as duas facções, ela promoveu um encontro de católicos e protestantes, o Colóquio de Poissy, em 1561. Com o fracasso desse encontro, houve um longo período de guerras religiosas (1562-1598), cujo episódio mais chocante foi o massacre do Dia de São Bartolomeu (24-08-1572). Centenas de huguenotes achavam-se em Paris para o casamento da filha de Catarina com o nobre protestante Henrique de Navarra. Na calada da noite, os huguenotes foram assassinados à traição enquanto dormiam, entre eles o seu principal líder, almirante Gaspard de Coligny. Nos dias seguintes, muitos milhares foram mortos no interior da França. Mais tarde, quando o nobre huguenote tornou-se rei, com o título de Henrique IV, ele promulgou em favor dos seus correligionários o Edito de Nantes (1598), concedendo-lhes uma tolerância limitada. Esse edito seria revogado pelo rei Luís XIV em 1685, dando início a um novo período de duras provações para os reformados franceses.


3.4 A Reforma nos Países Baixos


Os Países Baixos eram parte do Sacro Império Germânico e depois ficaram sob o domínio da Espanha. Durante o reinado do imperador Carlos V, surgiram naquela região luteranos, anabatistas e principalmente calvinistas, por volta de 1540. Desde o início foram objeto de intensas perseguições, tendo a repressão aumentado sob o rei Filipe II (1555) e o governador Duque de Alba (1567). A revolta contra a tirania espanhola foi liderada pelo alemão Guilherme de Orange, grande defensor da plena liberdade religiosa, que seria assassinado em 1584. Eventualmente, os Países Baixos dividiram-se em três nações: Bélgica e Luxemburgo (católicas) e Holanda (protestante).


A Igreja Reformada Holandesa foi organizada na década de 1570. No início do século 17, surgiu uma forte controvérsia por causa das idéias de Tiago Armínio. O Sínodo de Dort (1618-1619) rejeitou as idéias de Armínio e afirmou os chamados “cinco pontos do calvinismo”, cujas iniciais formam em inglês a palavra “tulip” (tulipa): Depravação total ( Total depravity), Eleição incondicional (Unconditional election), Expiação limitada (Limited atonement), Graça irresistível (Irresistible Grace) e Perseverança dos santos (Perseverance of the saints).


3.5 A Contra-Reforma


Ao analisarem as ações da Igreja Católica Romana após o surgimento do protestantismo, os historiadores falam em dois aspectos: Contra-Reforma e Reforma Católica. O primeiro foi o esforço da Igreja Romana para reorganizar-se e lutar contra o protestantismo. Essa reação ocorreu tanto no plano dogmático quanto político-militar. Já a Reforma Católica revelou a preocupação de corrigir certos problemas internos do catolicismo em resposta às críticas dos protestantes e de outros grupos.


Foram vários os elementos dessa reação. Na Espanha, houve notáveis manifestações de uma rica espiritualidade mística, cujos representantes mais destacados foram Teresa de Ávila e João da Cruz. Além do misticismo espanhol, outro sinal da revitalização católica foi o surgimento de várias ordens religiosas, das quais a mais importante foi a Sociedade de Jesus, fundada pelo espanhol Inácio de Loiola (1491-1556) e oficializada pelo papa em 1540. Além dos votos usuais de pobreza, castidade e obediência aos superiores, os jesuítas faziam um voto adicional de submissão incondicional ao papa. Seu objetivo era a expansão e o fortalecimento da fé católica através de missões, educação e combate à heresia. Os jesuítas exerceram forte influência sobre governantes e contribuíram decisivamente para a supressão do protestantismo em várias regiões da Europa, como a Espanha e a Polônia.


O instrumento mais eficaz tanto da Contra-Reforma quanto da Reforma Católica foi o Concílio de Trento, que se reuniu em três séries de sessões entre 1545 e 1563. Seus decretos rejeitaram explicitamente as doutrinas protestantes e oficializaram o tomismo (a teologia de Tomás de Aquino), a Vulgata Latina e os livros denominados apócrifos ou deuterocanônicos. Outros instrumentos da Contra-Reforma foram o Índice de Livros Proibidos (Index Librorum Prohibitorum, 1559) e a Inquisição, especialmente em suas versões espanhola e romana. Como expressão do dinamismo católico nesse período, as ordens dos franciscanos, dominicanos e jesuítas realizaram uma grande obra missionária no Oriente e nas Américas.


No território do Sacro Império, os conflitos entre católicos e protestantes continuaram por muitas décadas, atingindo o seu auge na tenebrosa Guerra dos Trinta Anos, que envolveu metade do continente europeu. Essa guerra terminou com a Paz de Westfália (1648), que fixou definitivamente as fronteiras político-religiosas da Europa e marcou o final do período da Reforma.


3.6 Implicações Práticas


A história da Reforma nem sempre é agradável e inspiradora. Por causa das profundas conexões entre elementos religiosos e políticos, esse período foi marcado por muita violência em nome da fé. Porque a religião é uma coisa muito importante para as pessoas, as paixões que desperta podem se tornar terrivelmente destrutivas. Os erros cometidos nessa área por diferentes grupos nos séculos 16 e 17 nos servem de advertência e de estímulo para a prática da caridade cristã e da tolerância, conforme o exemplo de Cristo. Podemos, sem abrir mão de nossas convicções, respeitar os que pensam diferente de nós.


Ao mesmo tempo, nos impressionamos com o heroísmo de tantos irmãos nossos da época da Reforma, que por causa de sua fé enfrentaram muitas provações e até mesmo mortes cruéis. O evangelho já não exige esse tipo de sacrifício da maioria dos cristãos do Ocidente, mas isso não significa que estamos livres de grandes desafios. São outras as maneiras pelas quais a nossa fé é testada no tempo presente. Viver de acordo com os princípios e os valores do Reino de Deus continua sendo uma prova difícil, mas necessária, para todos os cristãos.



Fonte: www.mackenzi.br
7 Dicas para manter a pele muito mais bonita

Para renovar a pele é necessário que o seu interior também seja renovado. Este é o segredo para manter uma pele sempre jovem e saudável.


Se você estiver bem com a sua mente, seu rosto deixará transparecer está saúde deixando você linda. Conheça os 7 passos para eliminar o estresse e ganhe uma pele vibrante, viva e muito mais jovem.


1. Respire profundamente

Respirar bem é fundamental para oxigenar e equilibrar o corpo e a mente.Para fazer efeito, é necessário fazer exercícios de respiração pelo menos duas vezes por dia. Quando você se concentra na sua respiração, você esvazia a mente e deixa todas as preocupações de lado. Essa mudança mental ajuda a diminuir o estresse e a relaxar as expressões do seu rosto.

2. Seja Ativo

Diminua a ansiedade com a prática diária de exercícios. Para isto, é necessário se exercitar por pelo menos 30 minutos por dia. Os exercícios aumentam a oxigenação do corpo e isto acaba refletindo na pele. Além disto, as atividades ajudam a aumentar a sensação de bem estar e são excelentes para manter o animo e a saúde em dia.


3. Reduza o consumo de doce e de alimentos gordurosos
Consumidos em excesso estes alimentos são prejudiciais para a pele e também para todo o corpo. Uma boa alimentação ajuda a manter a luminosidade da pele, além de evitar o aparecimento da acne e das rugas. Procure sempre manter uma dieta equilibrada e você verá a sua pele cada dia melhor e mais linda.

4. Guarde as boas coisas da vida
Mantenha um diário, ou guarde fotos das coisas boas que te aconteceram durante o dia. Todas as noites antes de dormir, se concentre naquilo que foi bom e agradeça por tudo. Fazer isto ajuda a diminuir o estresse e a melhorar o humor.


5. Tenha uma boa noite de sono
Cada pessoa possui o seu ritmo próprio e precisa de uma determinada quantidade de horas de sono para se sentir revigorada. Tente descobrir quantas horas de sono são necessárias para você se sentir viva e produtiva. A falta de sono desgasta o corpo e deixa a pele cansada e cheia de marcas. Nada é tão prejudicial para a pele como a exaustão e o cansaço acumulado por muitos dias.

6. Marque uma reunião com você
Guarde um tempo na agenda para ficar sozinha e descansar. Procure um lugar confortável e tranquilo para relaxar e esvaziar a mente. Se possível, procure fazer isto todos os dias. Apenas 15 minutos por dia já são suficientes para reavivar a mente, melhorar a concentração e suavizar as expressões do rosto.

7. Tenha relações sexuais
Os hormonios liberados durante as relações sexuais fazem muito bem para o corpo e para a pele. Além disto, a troca de carinhos ajuda a relaxar e a manter a mente tranquila e animada. Mas, atenção, isto só vale se tudo for feito com vontade. E não vai adiantar nada se depois de tudo você ficar cheia de problemas ou preocupações.

Fonte: www.mulheresdofuturo.com

domingo, 15 de maio de 2011

Pavê de Páscoa
Por: Aparecida Oliveira, em: Pratos Típicos

Ingredientes:
4 fatias de Colomba Pascal
200g de raspa de chocolate
1 xícara de leite
½ lata de leite condensado
1 colher de sopa de amido de milho
1 colher de sopa de manteiga
Essência de baunilha

Modo de Preparo:
Derrame o amido de milho no leite e faça-o dissolver. Misture o leite condensado com a manteiga e a essência de baunilha. Em seguida, leve ao fogo até engrossar. Divida o creme ainda quente em duas partes. Em uma delas, derreter 100 gramas de raspas de chocolate. Divida as fatias de Colomba Pascal em 3 partes. Em uma vasilha, coloque o creme branco, depois uma camada de Colomba, mais uma camada de Colomba, o creme de chocolate e mais uma camada de Colomba. Finalize com creme branco e as raspas de chocolate para enfeitar.

Fonte: www.euusoacuca.com
Dicas úteis.

Preocupada com o bem estar dos seus pés, as Lojas Tal trazem aqui dicas para andar na moda, manter a saúde dos seus pés e conservar seus sapatos sempre novos.

Defeitos no meu sapato?

Pequenas marcas e manchas na textura, além de leves diferenças de tonalidade de cor, são a garantia da autenticidade do sapato confeccionado em couro. NÃO são defeitos.

Por causa dos movimentos repetidos de flexão dos pés, poderão surgir novas marcas no calçado, o que não caracteriza defeito, visto que é próprio do material utilizado.

O couro, nobuck e a camurça, por passarem por um processo de tingimento podem causar manchas pelo excesso de suor ou quando molhados.

Cuide de seus pés

Evitar retirar a cutícula da unha. Ela é a barreira de proteção da unha. Sem ela abre-se caminho de entrada para fungos e bactérias , provocando micose.

Cortar as unhas corretamente, no sentido reto, ou seguindo sua anatomia. Deixar o caçado em um lugar arejado para secar totalmente da transpiração, por uma noite.

Existe um creme ótimo para passar todo dia antes de dormir, que evita o ressecamento e rachamento da pele, seu nome é Homeopast, ele é feito a base de óleo e cânfura, mas, se você só quer hidratar o seu pé, opte por um hidratante de sua preferência.
Obs: Homeopast é encontrado em farmácias especializadas em manipulação ou homeopatia.

O primeiro ponto do pé que deve tocar o chão é o calcanhar. Por isso devemos protegê-lo Em climas frios e em contato com superfícies frias, o pé deve ser protegido.

Cuidados especiais com seu sapato:

Limpe seu calçado apenas com um pano umidecido com água e sabão neutro. NUNCA utilize produtos químicos para limpar seu calçado. NUNCA mergulhe na água e nem lave-os na máquina.

Atenção na hora da secagem. Nunca induza a secagem colocando diretamente ao sol, no forno, na secadora ou atrás da geladeira, pois seu calçado perderá as características naturais.

Para evitar problemas com odores de transpiração, aconselhamos a não usar o mesmo calçado mais de dois dias consecutivos.

Preserve por mais tempo o seu sapato:

Lembre-se, por se tratar de matérias primas naturais, podem sofrer alterações durante o uso, ajustando-se ao seu pé. Para maior durabilidade, é importante que seu sapato tenha períodos de descanso para ventilação e recomposição das fibras, coloque-o em um lugar arejado e seco. Seu uso também deve ser compatível com o tipo de atividade a que o sapato foi projetado.

Calçados de couro


Empoeirados: limpar com pano ou escovar levemente.


Sujos ou embarrados: remover os torrões com faca cega, logo que tirados do pé.


Limpar o restante com uma esponja pouco úmida e em seguida com pano seco, sem esfregar, pois as partículas de terra poderão danificar a superfície do couro.


Em ambos os casos, aplicar uma pomada (graxa de sapato), dando polimento com movimentos rápidos com pano ou escova macia.

Calçados de verniz ou sintético


Remover as manchas com pano úmido.


Para dar maior brilho, aplicar ocasionalmente pomada para calçados.

Calçados em camurça ou nobuck


Pouco sujos ou com leves manchas de barro: remover com escovas especiais de cerdas duras.


Muito sujos: neste caso é difícil restaurar a aparência do sapato. O melhor é raspar levemente com uma faca cega e após limpar com um pano umedecido. Deixar secar naturalmente.


Manchados de óleo e graxa: usar produto de limpeza à base de solventes, com moderação.


Para outras manchas o uso de lixas, borracha crepe ou pedras-pomes pode ser eficaz. Este processo funciona pela remoção de fibras do couro, por isso é preciso cuidar para não criar espaços sem felpas e escavados.


Para uniformizar a cor, já existem produtos líquidos no mercado para este fim.

Secagem de calçados úmidos


Deve ser feita naturalmente na sombra e em ambiente arejado.


Para ajudar na retirada do excesso de água, pode-se estofar os calçados com papel jornal ou papel absorvente.


Nunca colocar o calçado em estufa, no sol, perto do fogo ou atrás da geladeira para acelerar o processo, pois uma secagem violenta pode provocar o endurecimento do couro; quebrar com a flexão ou distorcer o formato. Além disso, as solas podem descolar, fundir, amolecer, encolher ou se deformar.

Efeitos do suor
O suor provoca o endurecimento do couro, tornando-o quebradiço e encurtando sua vida útil, podendo provocar ainda odores desagradáveis e favorecer o desenvolvimento de fungos. Os efeitos do suor e da umidade podem ser minimizados através:


Da escolha do calçado adequado à temperatura da época do ano;


Do devido descanso dos calçados, pelo uso alternado de dois pares no dia-a-dia (de modo que um par tenha um tempo para a evaporação e a eliminação do suor absorvido);


Da colocação do par que não está em uso em local de boa ventilação;


Do uso de palmilhas descartáveis;


Do uso de meias absorventes;


No caso de pés muito quentes, em uma maior freqüência na troca de meias e lavagem dos pés.

Dicas Rápidas

Nossos pés, a medida que o dia avança, tendem a inchar, chegando a aumentar até meio número.
Por isso, quando a escolha ocorrer nas primeiras horas do dia, não leve um modelo que fique um pouquinho apertado.
Você sabia?

70% das pessoas tem os pés diferentes. Diferenças de até um ponto e meio entre o pé direito e o pé esquerdo. O pé está sob pressão 16 horas por dia, isto é, 2/3 da sua vida.

O ajuste de sandálias ou sapatos de bico aberto ao pé é feito com palmilha de segurança. É fundamental tratar de seus pés, veja as dicas: Após o banho, secar muito bem entre os dedos, a umidade provoca frieiras, a grande responsável pelo mau cheiro, o popular chulé.

Consultar frequentemente um podólogo para higienização dos pés e prevenção de micoses. Usar constantemente talco antiséptico antes de calçar sapatos fechados.

Do Site: www.lojastal.com.br

sábado, 7 de maio de 2011

SAUDADE DE MÃE

Saudade de mãe dói tanto!!!
A minha mãezinha se foi há quarenta e um anos e ainda hoje sinto saudades e choro. Choro porque não posso mais abraça-la, sentar no seu colo, como fiz muitas vezes. Ela era muito magrinha, muito frágil, muito tímida, porém muito sábia no tratar com as pessoas. Era uma pessoa muito elogiada por todos os familiares e amigos. Muito caridosa, acolhia a todos os que, necessitando, recorriam a ela.
Tinha uma visão futurista e me estimulou muito nos estudos e na vida, embora tenha partido tão precocemente, me deixou muitos ensinamentos que ainda hoje me são de grande valia.
Como filha foi muito obediente aos pais e como mulher muito submissa ao marido, porém, de tão sábia, acabava conseguindo o que queria, com seu jeitinho carinhoso de convencer.
Tenho de ti mãezinha, as melhores lembranças e tiveste de mim, ainda em vida, o irrestrito reconhecimento pelo que foste e representaste para mim.
Sei mãe querida, que nunca faltei com minhas obrigações de filha, pois era comigo que contavas quando nas madrugadas me acordavas para fazer um chazinho para ti, para ir ao médico, para escrever tuas cartas, fazer compras no mercado, nas lojas de tecidos e era na minha companhia que te dirigias a Campina Grande para fazer compras de roupas nas Malharias, pois contavas sempre com a minha boa vontade em servir-te.
Mãe querida,o que mais lamentei na minha vida foi não contar contigo quando fui mãe, pois já havias partido quando isso aconteceu. Você me fez tanta falta!!! Não contei com ninguém para me auxiliar nessas horas. Tão sem experiência, tive que descobrir sozinha, com ajuda apenas do "LIVRO DO BEBÊ" do Dr. Delamare, para me auxiliar, a difícil tarefa de ser mãe pela primeira vez. Como teria sido diferente se estivesses comigo!!!
Em tua homenagem mãezinha eu transcrevo esse Salmo que retrata o que foste realmente:

SALMO 31: 10-31

Mulher virtuosa quem a achará? O seu valor muito excede ao de rubis.

O coração do seu marido está nela confiado; assim ele não necessitará de despojo.

Ela só lhe faz bem, e não mal, todos os dias da sua vida.

Busca lã e linho, e trabalha de boa vontade com suas mãos.

Como o navio mercante, ela traz de longe o seu pão.

Levanta-se, mesmo à noite, para dar de comer aos da casa, e distribuir a tarefa das servas.

Examina uma propriedade e adquire-a; planta uma vinha com o fruto de suas mãos.

Cinge os seus lombos de força, e fortalece os seus braços.

Vê que é boa a sua mercadoria; e a sua lâmpada não se apaga de noite.

Estende as suas mãos ao fuso, e suas mãos pegam na roca.

Abre a sua mão ao pobre, e estende as suas mãos ao necessitado.

Não teme a neve na sua casa, porque toda a sua família está vestida de escarlate.

Faz para si cobertas de tapeçaria; seu vestido é de seda e de púrpura.

Seu marido é conhecido nas portas, e assenta-se entre os anciãos da terra.

Faz panos de linho fino e vende-os, e entrega cintos aos mercadores.

A força e a honra são seu vestido, e se alegrará com o dia futuro.

Abre a sua boca com sabedoria, e a lei da beneficência está na sua língua.

Está atenta ao andamento da casa, e não come o pão da preguiça.

Levantam-se seus filhos e chamam-na bem-aventurada; seu marido também, e ele a louva.

Muitas filhas têm procedido virtuosamente, mas tu és, de todas, a mais excelente!

Enganosa é a beleza e vã a formosura, mas a mulher que teme ao SENHOR, essa sim será louvada.

Dai-lhe do fruto das suas mãos, e deixe o seu próprio trabalho louvá-la nas portas.
DIA DAS MÃES

Para muitos esse dia tem um grande significado. Para mim é um dia como outro qualquer, pois não é apenas em um dia do ano que MÃE precisa ser lembrada, reconhecida e ou homenageada (há muitas delas que nunca o são), cantada em versos e prosas.
Não gosto de receber presentes nessa data, aniversário, Natal, etc. Me soa como obrigação e isso me constrange. Sou mais aquela lembrançinha espontânea, tipo "vi isso e lembrei-me de você". Uma das coisas que ganhei de um filho, que eu amei, foi uma tela de assar Pizza, trazida dos Estados Unidos. Representou o lembrar de mim, numa coisa tão simples, tão útil, e tão a minha cara. Afinal,o maior presente para mim é o carinho e o reconhecimento de um filho pelo que uma mãe fez, faz e fará por ele ,quando expressado nas mais diversas formas, num gesto, numa palavra, que por si só já diz tudo.
È óbvio que há mães que nem poderiam ser chamadas assim. Vejamos algumas manchetes que têm sido notícias em tudo que é Jornal, ultimamente: "Criança achada no lixo", "Mãe joga criança num rio", "mãe enterra filho e cobre com pedras", "criança achada em vaso sanitário". Mas isso é caso de patologia, dos mais diversos graus. Não sou especialista no assunto, claro, portanto, não estou querendo fazer juízo de ninguém, apenas tiro as minhas conclusões.
Quando pequena escutava: "Ser mãe é padecer num paraíso". Eu não entendia nada do que significava isso. Casei, sou mãe e continuo sem entender, pois para mim, ser mãe é bênção, é graça imerecida, é privilégio, é alegria, é felicidade, é realização de mulher, é amor incondicional!!!
Parabéns para todas as MÃES!!!

terça-feira, 3 de maio de 2011

Oito benefícios do hidratante facial, além de hidratar a pele
Ele protege contra a radiação solar, poluição e retarda o envelhecimento
Por Minha Vida Publicado em 7/12/2010



Um bom hidratante facial, com FPS, é capaz de fazer muito mais pela sua pele do que simplesmente deixá-la macia e com o toque aveludado. Se você tem o hábito de usar o produto diariamente, saiba que está muito bem munida contra rugas, flacidez, manchas e o envelhecimento precoce. A seguir, a dermatologista Carla Albuquerque lista 8 motivos para não desgrudar desse creminho mágico.

1. Evitar o ressecamento: a pele seca e desidratada é opaca, áspera, sem elasticidade e com tendência à descamação. Aquelas pequenas rugas e linhas finas de expressão também ficam mais evidentes quando a pele está ressecada. O hidratante mantém a sua umidade e acrescenta nutrientes importantes para a revitalização e regeneração do tecido. "Além disso, quando está seca, a pele pode ter a sua função de proteção comprometida, favorecendo doenças e infecções", acrescenta a dermatologista.

2. Proteger contra a poluição: os hidratantes que são enriquecidos com substâncias antioxidantes na formulação, tais como as vitaminas C, E e coffeberry podem ajudar a neutralizar os radicais livres e diminuir os danos oxidativos causados pela poluição.

3. Prevenir manchas: uma das principais causas das manchas na pele é a exposição excessiva e inadequada à radiação solar. "Os hidratantes que contém FPS e ativos clareadores na sua composição podem ajudar não só a prevenir manchas, como a clareá-las", diz Carla Albuquerque. Além do mais, o hidratante protege e mantém as propriedades da pele, dando a ela mais força para se reparar.


4. Melhorar a luminosidade: uma nutrição adequada devolve viço à pele. Quando está desidratada, a pele geralmente fica opaca, áspera, sem vida. "Quando recuperamos a hidratação, através da aplicação de um bom hidratante, melhoramos seu aspecto, com consequente melhora da sua luminosidade", explica a dermatologista.

5. Afastar o envelhecimento precoce: o processo de envelhecimento está ligado a perda gradativa da hidratação natural da pele. "Com o hábito de hidratar a pele regularmente, nutrimos as células e podemos retardar ou pelo menos minimizar esse processo", afirma Carla. As versões com filtro solar também protegem contra a radiação solar, evitando as manchas, flacidez e rugas características do fotoenvelhecimento.

6.Controlar o brilho e a oleosidade: existem no mercado hidratantes com ativos que ajudam a controlar o brilho e oleosidade. São produtos que possuem o chamado efeito matte ou matizador. As formulações específicas para a pele oleosa também controlam a produção de sebo por causa dos seus princípios ativos, tais como o ácido azeláico e glicólico.

7. Dar mais tônus à pele: alguns hidratantes acrescentam na sua formulação ativos como o THPE, que conferem o efeito "lifting" e ajudam a melhorar o tônus da pele, dando mais firmeza.

8. Proteger contra a radiação solar: hidratantes com filtro solar ajudam a proteger a pele contra a radiação UVA e UVB, grandes responsáveis pelo envelhecimento precoce da pele e, nos casos mais graves, o câncer de pele. O raios nocivos destroem as fibras de colágeno da pele, responsáveis pela firmeza e elasticidade, favorecendo manchas, rugas e flacidez.
Pequenos hábitos ajudam a acabar com o estômago pesado

Uma boa digestão é fundamental para acabar com a gordura acumulada e com o mal-estar
Publicado em 16/7/2010 por Minha Vida

Sabe como sua dieta pode render melhor? Com uma boa digestão. Esse processo é fundamental já que quando os alimentos mal digeridos se acumulam vão, com o tempo, se transformar em gordura. Fora que ninguém gosta de ficar com aquela sensação de estômago pesado, não é mesmo? A notícia boa é que você pode deixar sua digestão muito mais fácil incluindo em sua rotina pequenas atitudes que, após aquele prato delicioso, farão a diferença. Sem contar com a ajuda que darão a sua saúde. Por isso, a nutricionista Roberta Stella, do programa Dieta e Saúde, dá alguma dicas abaixo de como hábitos simples podem livrar você da sensação ruim ao comer.

Confira:

Hora de comer, não de beber! Isso mesmo, o ideal é sempre evitar beber líquidos na hora das refeições. "O líquido dilui o ácido clorídrico fundamental para o processo digestivo, pois é esse ácido que vai transformar a comida engolida em partículas menores, mais fáceis de serem absorvidas. O ideal é não beber nada meia hora antes ou meia hora depois de comer." Caso você não consiga ficar com a boca seca, opte pela boa e velha água. Mas em pequena quantidade, ok?
Conheça 5 hábitos que atrapalham a dieta e fazem mal à saúde
Comer rápido demais é um dos comportamentos que devem ser mudados
Por Minha Vida Publicado em 22/11/2010


Você se dedica à dieta, faz cinco refeições por dia, come alimentos saudáveis, pratica exercícios físicos, mas ainda assim não emagrece tanto quanto gostaria. O problema pode estar em manias alimentares difíceis de serem identificadas. As nutricionistas Luana Grabauskas, da Equilibrium Consultoria em Nutrição e Bem Estar, e Salete Brito, do Hospital de Clínicas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), apontam maus hábitos e sugerem mudanças que podem transformar sua relação com a comida e seu processo de emagrecimento.

1- Comer rápido
Velho hábito: "Quem come rápido não mastiga corretamente e aumenta o trabalho do estômago para digerir os alimentos, o que pode levar ao desenvolvimento de doenças como gastrite e úlcera", alerta Salete. Luana acrescenta que o costume também prejudica a obtenção da sensação de saciedade, já que ela demora um pouco para aparecer depois que se inicia a refeição. Se a pessoa come muito rápido, nem dá tempo para o cérebro entender que o corpo está sendo alimentado.

Novo hábito: O primeiro passo para mudar a postura em relação à velocidade com que se come é estar atenta à quantidade de comida e à forma como a refeição é realizada, explica a especialista do Equilibrium. As dicas para melhorar essa atitude são: levar pequenas porções de alimentos à boca, comer em lugares tranquilos, descansar os talheres entre uma garfada e outra, evitar se alimentar na frente da TV ou do computador, em pé ou realizando outra atividade, e saborear cada bocada.


2- Comer muita carne
Velho hábito: Salete explica que ingerir carne em excesso sobrecarrega os rins, pois esse é o órgão que elimina as substâncias derivadas do alimento que não servem para o organismo. "Por ser fonte de proteína animal, a carne não deve ser consumida de forma exagerada devido à quantidade de gordura saturada e colesterol que contém", acrescenta Luana.

Novo hábito: A nutricionista ainda aconselha que, por possuir mais gordura saturada que a carne branca, a vermelha seja consumida apenas duas vezes por semana. Ela ainda recomenda aumentar a ingestão de vegetais. Para deixá-los mais saborosos, as sugestões são cozinhá-los em versões diferentes, como grelhada e assada, e temperá-los com molhos light ou à base de ervas.


3- Comer sob estresse
Velho hábito: "A pessoa que ingere alimentos sob essas condições acaba comendo mais rápido e em mais quantidade", alerta Salete. Isso porque, segundo a nutricionista, é comum descontar os sentimentos de ansiedade e tensão nos alimentos.

Novo hábito: "O ideal é se conscientizar que, no horário de refeição, é preciso se esforçar para que os problemas fiquem em segundo plano", orienta Salete. Luana ressalta que ficar sem se alimentar nesses momentos também não é uma boa alternativa. "A saída é nunca pular as refeições, porque isso pode aumentar o apetite e facilitar o ataque a guloseimas e alimentos calóricos. É importante também controlar o consumo de substâncias estimulantes, como bebida alcoólica, café e chá preto, que aumentam a sensação de irritabilidade", recomenda.


4- Comer com a atenção desviada
Velho hábito: se alimentar enquanto responde e-mail, vê TV ou trabalha faz com que a pessoa preste menos atenção no que está ingerindo e acabe consumindo uma maior quantidade de comida. Salete acrescenta que "a pessoa também pode sofrer a sobrecarga emocional dos assuntos que estão passando na televisão".

Novo hábito: "O horário de alimentação deve ser respeitado apenas para tal", afirma a nutricionista da Unifesp. Luana indica realizar as refeições em horários pré-determinados sempre na cozinha ou em um local calmo.

5- Comer sempre a mesma coisa
Velho hábito: pratos que não são coloridos podem ter falta de nutrientes, afirma a nutricionista do Equilibrium. Em função disso, por mais que adore alguns alimentos específicos e pense que poderia viver apenas à base deles, é importante diversificar sempre o cardápio.

Novo hábito: "Uma solução para mudar esse habito é alternar os tipos de preparações, realizar novas receitas, incluir temperos variados e inovar sempre o menu incluindo diferentes tipos de alimentos", sugere Luana.